Governo do RS prepara retorno gradual para escolas e confirma aulas remotas em junho

O governador Eduardo Leite anunciou, nesta quarta-feira, que o retorno das atividades escolares no Rio Grande do Sul irá ocorrer de forma remota a partir do dia 1º de junho para as instituições públicas e privadas de ensino. As aulas estavam suspensas desde 13 de março, embora muitas instituições privadas já atuem com essa modalidade de ensino à distância. A regulamentação será publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) até esta sexta-feira.

"Por ora, prioridade é fortalecer as aulas remotas e a aprendizagem em casa", destacou o governador. Como já havia sido antecipado pelo chefe do Estado, o modelo de retomada irá ocorrer por etapas. Entre cada fase haverá um período de 15 dias que, segundo Eduardo Leite, servirá para "analisar o sucesso da fase anterior". As orientações anunciadas hoje fazem parte da "Etapa 1" do planejamento do governo do Estado.

Um protocolo de saúde específico para o retorno das aulas está sendo organizado pelo governo do RS para entrar em vigor quando as aulas presenciais iniciarem. Conforme o governador, elas retornam "mais adiante", e a "Etapa 2" deverá ser anunciada no dia 15 de junho, com atividades a partir de 1 de julho. Na segunda etapa, conforme explicou o governador, deve retornar as atividades práticas existentes no ensino superior, como as atividades de laboratórios. Também voltam a ser presenciais o calendário acadêmico de pesquisas e estágios superiores.

As atividades que devem integrar a "Etapa 3" ainda não estão definidas. Entretanto, o governo do RS trabalha com alguns cenários possíveis. Um deles é retorno prioritário das aulas presenciais nas escolas de ensino infantil. Um segundo cenário seria o retorno do ensino infantil junto ao ensino fundamental.

A volta prioritária do ensino médio também não está descartada dos possíveis cenários, que serão definidos de acordo com a análise do controle da pandemia no Estado. Independente da escolha, Eduardo Leite ressaltou que orienta que "as crianças permanecem em casa", caso possível, mesmo com o retorno da rede infantil de ensino. De acordo com o planejamento do governo, o retorno integral de todos os níveis de ensino deve ocorrer apenas no mês de setembro.

Para a tomada de decisão, o governo considerou a capacidade de autocuidado do educando, o uso de aulas não presenciais, o número de alunos por turma, os recursos financeiros necessários para a adoção de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Além disso, também foi analisado a complexidade do uso do transporte escolar, da circulação de pais e alunos nas escolas, a logística de refeitórios, a situação em que pais e alunos decidem apenas manter o ensino domiciliar, protocolos de saúde, sala de isolamento na escola para alunos que apresentem sintomas.

O novo método deve obedecer aos protocolos do Distanciamento Controlado do governo estadual e aos protocolos específicos que serão publicados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Além disso, um Comitê de Emergência será instalado nas escolas para monitoramento da execução dos protocolos de saúde.

Correio do Povo 

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