Júnior Rodrigues avalia período em que permaneceu na coordenação do Sine


No início da semana, publicação no Diário Oficial do Estado informava sobre a troca na coordenadoria da agência Sine/FGTAS do município. Júnior Rodrigues, que exercia a função desde 2015, deixa o comando para Yuri Castilhos, pedritente, que já exerceu cargos públicos e é filiado ao PTB, sigla partidária que compõe a atual conjuntura política estadual, tendo em vista que o PTB faz parte do Governo do Estado.

O Folha entrou em contato com Rodrigues, que fez um relato de sua passagem de pouco mais de quatro anos pelo órgão. "Não gostaria que o Yuri chegasse ao Sine da maneira que eu cheguei, que encontrasse as coisas da forma com que via", ressaltou, pois naquele período inicial, muitos trabalhadores deveriam deslocar para Bagé ou Santana do Livramento para encaminhar o seguro desemprego. "Conceder o seguro desemprego é o mínimo de dignidade possível que se pode dar a um trabalhador desempregado", salientou Rodrigues. O órgão, naquele momento, passava por um período de descrédito, portanto, o primeiro desafio foi à organização do Sine, assim, retomando o seguro desemprego. "Hoje, somos uma agência referência na região", pontuou, pois não há filas, enquanto nas agências vizinhas, há um período de espera que pode chegar a demorar dias.

Quanto ao mercado de trabalho, Rodrigues analisa que é um dos piores momentos, observando o desemprego, de forma geral, no país. No município, por exemplo, a lavoura de arroz foi reduzida, portanto, mão de obra foi cortada, enquanto a lavoura de soja não exige tanta força de trabalho. "Temos uma situação caótica em Dom Pedrito", diz, no entanto, o serviço de intermediação de mão de obra entre Sine e empresas funciona e está à disposição do empresariado local. Júnior lembra que sempre recorreu ao empresariado em busca das vagas. Outro fato lembrado pelo ex-coordenador foi que houve um resgate da relação Sine/empresas, quanto ao encaminhamento de candidatos. "Neste momento, o Sine tem como dar um atendimento isonômico, sem querer saber de fulano é meu amigo político", pontuou.

O Sine também possui o programa de artesanato, mas, apesar dos esforços no acolhimento, há uma redução no grupo de artesãs e também não há renovação, um desafio do novo coordenador, mas que passa pela vontade dos interessados. "O serviço de emissão de Carteiras de Artesão, que é também uma atribuição do Sine, funciona a pleno vapor", ressaltou. Atualmente a Carteira é feita por uma servidora trazida durante sua gestão. "Se encaminha tudo por aqui".

Júnior já conversou com Castilhos, ressaltou o desafio quanto à estrutura do prédio, pois já foram dois autos de infração quanto ao Plano de Prevenção e Proteção contra incêndios - PPCI, pois o Estado não toma qualquer ação para resolver a questão. "Não temos nem o processo inicial no Corpo de Bombeiros". A documentação, evidentemente, é exigida. Quem tem dado condições de funcionamento ao Sine é a Prefeitura, conforme comentou Rodrigues. O Ministério Público já pediu informações a respeito e há risco de o prédio ser fechado.

"Esbarra na questão financeira", resumiu.

Rodrigues enfatizou que é a única pendência deixada para o próximo coordenador. Quanto ao funcionamento do órgão em si, o Sine atende a totalidade das demandas da comunidade pedritense.

A reportagem entrou em contato com o Sine, onde foi informado que Castilhos ainda não assumiu o cargo, pois depende da publicação da portaria no Diário Oficial do Estado.

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