Inferno de Dante: mais de 20 réus vão a júri por homicídio com dolo eventual e tentativa de homicídio

 

O Presídio Estadual de Dom Pedrito foi palco de uma rebelião, na galeria A, no dia 19 de março de 2018. Eram cerca de 16h20 quando apenados começaram o motim. Na ocasião, um dos denunciados, considerado chefe da associação criminosa que operava na Galeria A do Presídio, deu ordens para que os comparsas, co-denunciados, cometessem crimes no referido estabelecimento prisional, dentre eles dolosos contra a vida, sendo o comando repassado àqueles por outro denunciado, o qual, ao contrário do primeiro, encontrava-se preso em Dom Pedrito quando dos fatos.

As investigações apontaram que o objetivo dos amotinados era matar dois presos que eram considerados inimigos do chefe da facção que dominava o pavilhão onde ocorreu o motim, no entanto, um terceiro preso, Isac Martins Gonçalves, veio a óbito após um período internado, devido a queimaduras de segundo e terceiro graus.

Em 27 de agosto de 2018, a Operação Inferno de Dante foi desencadeada. Na ocasião, cumpridos 30 mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão nos presídios de Dom Pedrito, Bagé, Rosário do Sul, Pelotas, Caxias do Sul, São Borja, São Gabriel e Montenegro.

As audiências tiveram em início em abril do ano passado e, de acordo com decisão da 1ª Vara da Comarca local, no total, 24 vão a júri por homicídio com dolo eventual, 25 réus por dupla tentativa de homicídio e 22 réus pela tentativa de homicídio de 42 pessoas (demais apenados) na intenção de objetivar matar dois desafetos dos corréus mandantes e pelo fogo. Além disso, há, nos autos, dano ao patrimônio, motim e associação criminosa.

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