Nutricionista Roseli Smiderle fala sobre açúcar


 Porque o açúcar faz tão mal à saúde? Diversos estudos já comprovam que o uso sistemático de açúcar leva à compulsão por guloseimas e à Sindrome da Abstinência, em uma dependência química, semelhante às drogas, como tabaco, álcool e outras.

 O consumo excessivo de açúcar leva o organismo a elevar a produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem estar) e de dopamina (neurotransmissor responsável pela sensação de prazer) que estão envolvidos no sistema cerebral da motivação e recompensa, controlador do "querer e gostar de alguma coisa".

 Entre os principais sintomas da abstinência sentidos por aqueles que tentam eliminar o açúcar da dieta, estão: dor de cabeça, cansaço, desânimo, alteração do sono e humor, irritação, nervosismo, falta de concentração, depressão e vontade de comer excessivamente. Por isso o açúcar é um poderoso estimulante do apetite e do ganho de peso.

 Quando consumimos regularmente o açúcar, é deflagrada uma série de reações bioquímicas nocivas ao corpo, dentre elas:

1. Disbiose - Diminuição das bactérias benéficas e aumento das bactérias patogênicas da microbiota intestinal, o que vai gerar uma deficiência de nutrientes para o corpo e dificultar o funcionamento adequado das células;

2. Diminuição da capacidade do organismo de digerir as moléculas dos alimentos e absorver os nutrientes de forma adequada, o que leva ao enfraquecimento dos mecanismos de defesa do corpo e à diminuição da imunidade;

3. Inflamação crônica que gera: dores de cabeça (enxaqueca), febres inexplicáveis; fibromialgia (dores musculares generalizadas); artrite (dores nas articulações); cansaço crônico; celulite; insônia; envelhecimento precoce do organismo e outros distúrbios degenerativos;

4. Glicação de proteínas: Quando o excesso de açúcar presente no sangue se liga às proteínas dos vasos sanguíneos.

 Esse processo causa a deterioração dos sistema cardiovascular do corpo e leva ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas degenerativas (aquelas que não têm cura. E se não forem controladas, levam à destruição do organismo), tais como envelhecimento precoce, depressão, diabetes avançado (cegueira, amputações, isquemias, neuropatias, etc.) hipertensão arterial, doenças do coração, insuficiência renal, acidentes vasculares cerebrais (derrames e isquemias) e demências (vascular e Mal de Alzheimer), entre outras.


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