Descartada suspeita de superbactérias ou vírus resistentes na Santa Casa

 O médico Ari Oliveira Neto e a enfermeira Carla Almansa, ambos pertencentes à Comissão de Controle  de Infecção Hospitalar da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito, declararam, que foram registrados, ao longo de todo 2016, 26 casos suspeitos de Gripe H1N1 (Gripe A) em Dom Pedrito. E que, em todos eles, houve coleta de material e posterior envio para laboratórios em Dom Pedrito (investigação bacteriana) e em Porto Alegre (investigação viral), a totalidade com resultado negativo para Gripe A. Apareceu, apenas, um caso de Adenovírus, que é considerado um vírus menos agressivo. Entretanto, os últimos casos suspeitos, registrados nas semanas passadas, aliados ao grande número de pacientes internados, levou a que as visitas a pacientes no Hospital São Luiz fossem novamente suspensas.

Ari Oliveira Neto
 "De concreto, não há suspeita de agente infeccioso, sejam vírus ou bactérias resistentes a antibióticos que estejam circulando e estejam relacionados a qualquer caso que tenhamos tido contato no hospital", declara o dr. Ari.

 "Quando o hospital está cheio e/ou quando há suspeita de Gripe A, tomamos todas as precauções, como essa do cancelamento das visitas. Teoricamente, com menos pessoas circulando o risco é reduzido", acrescenta a enfermeira Carla.
Carla Almansa

  O dr. Ari explica que "(...) tivemos casos de doenças respiratórias agudas graves (onde se enquadram as pneumonias) (...) Ainda há casos que nos intrigam, de não sabermos o que aconteceu", admite o médico. Exemplos disto foram dois óbitos que ocorreram recentemente, onde não se conseguiu encontrar bactérias nessas pessoas, embora a manifestação de doença respiratória grave. "Uma das coisas que temos questionado é a possibilidade que alguns pacientes que evoluíram para quadros mais graves - e até o óbito - tivessem alguma patologia pré-existente sobre a qual não havia informação, mas são hipóteses apenas", deixa claro o médico.

Da entrevista, ficou, em síntese, a mensagem de ambos os profissionais no sentido de que a comunidade  não tem motivo para alarme e que não há nenhum microorganismo resistente a antibióticos a solta em nossa Santa Casa. É a palavra oficial de competentes profissionais de saúde que precamos respeitar, inobstante todos os receios que nós, leigos, tenhamos de que, um dia, as superbactérias desembarquem em nossa querida cidade.

Silvio Bermann.

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