Crianças cultivam a tradição gaúcha


 O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil. Até o começo do século XIX, espanhois e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono dessa terra. Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser.

20 de Setembro, data significativa para todo o rio-grandense

Isabelle Melleu
A Revolução Farroupilha é o mito fundante da cultura gaúcha. É a partir dela que se estabelece toda a identidade do povo gaúcho, com suas tradições e seus ideais de liberdade e igualdade. A cada 20 de setembro o gaúcho parece reafirmar o orgulho de suas origens e o amor por sua terra.

 Não é raro ouvirmos por todos os recantos que sentimos orgulho de ser gaúchos. Nós mesmos, quantas vezes já dissemos isso?! Quantas vezes já dissemos: “Mostremos valor, constância..., que sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra.”?

Márcio e Marcelo
Quantas vezes já dissemos, cantando em alto e bom tom, que não basta ser livre, ser forte, aguerrido e bravo, é preciso também ter virtude.

 Ouvimos e cantamos que foi o “20 de Setembro” o precursor da liberdade.
 Que glória é ter essas origens. Que alegria ter essa história. Realmente, é um orgulho ser desse povo diferente. Esta gente que tem um jeito de ser que chama atenção onde está, com costumes bonitos, com personalidade forte, simplesmente peculiar.

Millena Laus
 Mas, cumpre indagar, aquelas façanhas foram modelo, sim, e hoje, quais são as nossas façanhas? Somos livres, fortes, aguerridos, bravos e virtuosos? Honramos o“20 de Setembro”, precursor da liberdade? Sentimos ainda esse fogo no peito?

 Eis a nossa grande reflexão. 
 Assimilemos a bela letra do nosso hino, pois ela identifica o gaúcho, e sejamos assim,na sua literalidade,a cada minuto de nossas vidas, livres, fortes, aguerridos, bravos e VIRTUOSOS, em tudo o que fizemos: no seio de nossa família, na criação de nossos filhos, no desenrolar do nosso labor, com o próximo, na verdadeira política, enfim, sejamos gaúchos, cidadãos gaúchos, para mostrar valor, constância, de modo que aquelas façanhas, que ainda são modelo, nos inspire para outras façanhas, e que estas também sirvam de modelo a toda terra, hoje e mais adiante, e assim por diante.

Ana Luiza Barreto
 Sejamos esse povo altivo. Esmorecer não é do nosso ser. Não vamos nos tornar um híbrido. Continuemos gaúchos.

 Basta serenar por instantes para ouvir ressoar a súplica, talvez do invisível, para não perder a identidade, cultivemos nossas raízes, a cada instante.  As linhas da globalização, a tecnologia dos tempos atuais, não devem rechaçar o que está arraigado no nosso espírito. Saibamos viver a evolução, o progresso, mas do nosso jeito.  A Semana Farroupilha, o “20 de Setembro” têm que ser muito mais que cultivar a tradição, andando a cavalo, saboreando a culinária campeira, vestindo a indumentária simbólica. É muito mais que isso. É um período do ano que devemos refletir a razão de estarmos neste canto que Deus nos deu para viver, refletir a história que nos moldou.

Dario e Maria Luisa
 De que adiantaria enchermos o peito e gritar que somos gaúchos, sem eco por fraqueza de ideologia?

 “20 de Setembro”, início da grande guerra que teve uma pausa, encerrou-se o bruto. Mas a luta continuou, continua, para honrar o nosso ser, fazer do nosso chão um lugar melhor e fazer nossa conduta refletir até onde a sua luz puder atingir, ultrapassando fronteiras. Eis a nossa missão, a ser alcançada através do exemplo. Não reconhecê-la, esquecê-la, é repulsar uma oportunidade divina de contribuir para um país melhor, um mundo melhor, de ser um ser melhor.


Helena e Diego
Quem já não ouviu: É o meu Rio Grande do Sul... Onde tudo que se planta cresce ... E o que mais floresce é o amor.

 A motivação deve ser de verdade, para fazer sentir no peito as cantigas nativas continuar vivas para os nossos filhos, olhar horizontes com Deus, ver as crianças sorrindo felizes a cantar e mostrar para quem quiser ver um lugar para viver sem chorar.


Leandro e Maria Clara
Viva as crianças que gostam do gauchismo!!!


Por Geancarlo Loreto Laus

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