Escola de Samba Vagalumes do Luar comemora 69 anos

 


Nesta terça-feira, dia 11, a Escola de Samba Vagalumes do Luar comemora 69 anos de fundação. Criada em fevereiro de 1956, por iniciativa de Universina Madruga, a vó Vicina, e outros carnavalescos, a agremiação atravessou gerações e tornou-se a mais longeva de Dom Pedrito, sendo responsável por levar alegria aos foliões e abrilhantar o Carnaval de Rua da Capital da Paz com suas cores azul e branco há quase sete décadas.


Apesar de toda a história, ao que tudo indica, a escola fará seu último desfile neste ano de 2025, já que a atual presidente da entidade, Cristina Madruga, está prestes a deixar o cargo e, até o momento, ninguém demonstrou interesse em encabeçar a formação de um novo diretório.

Neta de Universina, Cristina cresceu em meio à escola de samba, e lembra com carinho da infância em meio aos ensaios realizados no pátio da casa da avó. “Eu morava em Porto Alegre com a minha mãe, que era a porta bandeira dos Vagalumes, e nós vínhamos todos os anos de excursão para o carnaval. E era ótimo. Cresci em meio à escola, sambando muito, e vendo a mãe fazer as nossas fantasias”, recorda.

Outro momento marcante para ela é o carnaval de 1991. Entre tantos desfiles, este em específico ficou na memória não apenas da presidente, mas de boa parte dos integrantes da agremiação: sentada em uma espécie de trono, vestida de baiana, Universina Madruga era homenageada em vida pelos foliões em um carro alegórico que trazia a faixa ‘A escola agradece sua estrela maior’.

O começo

Em plena década de 1950, época embalada pelas marchinhas imortalizadas nas vozes das grandes cantoras do rádio e que alegravam os foliões pelo Brasil a fora, Dom Pedrito também vivia o seu apogeu: nos clubes sociais a festa era garantida com inúmeros blocos, entre eles o ‘Naquela base’ e o ‘Bloco do Jarro’, enquanto pelas ruas da cidade, a pioneira ‘Escola de Samba Ases do Ritmo’ democratizava o acesso à festa popular.

Foi em meio a esse cenário que em 1956, incentivados por vó Vicina, um grupo de carnavalescos, composto em sua maioria por integrantes do bloco ‘Quem ri de nós tem paixão’ e do grupo ‘As cabrochas’ - formado exclusivamente por mulheres associadas ao Clube Recreativo e Cultural Riograndense -, que nasceu o ‘Vagalumes do Luar’, elevado à categoria de escola de samba apenas quatro anos depois, em 1960.

Os primeiros presidentes da entidade foram Carlos Eugênio Quadros Rodrigues e Edy Madruga. Em seu livro ‘Dom Pedrito ontem, hoje e sempre’, a escritora Maria Izabel Vasconcellos cita, como pioneiros da escola, os nomes de Gessy Felix, Vilson da Rosa Madruga, Antônio Feliz, João Batista Rodrigues, Ataliba Rosa Madruga, Carlos Madruga (Tupã), Ariovaldo Dutra Alves (Didi), Rubim Gomes, Adair Felix, Morgado Madruga, Floriano Oliveira, Ediarte Cunha Dias, Armandinho Ferreira, Luiz Carlos Lopes, João da Silva Alves, Mariano Marques, Jair Antunes Cabral e Carioca.

Atualmente

Há pelo menos um mês tiveram início os ensaios da escola que se prepara para mais um – e talvez o seu último – desfile. O enredo deste ano apresenta o tema ‘Amor, alegria e samba na avenida’. Presidido por Cristina, o atual diretório da agremiação é formado por Sandra Leal (vice-presidente), Luciano Martins (diretor), Simone Gularte Jardim (Secretária), Suzie Gularte Jardim (1ª tesoureira), Sônia Alves (2ª tesoureira) e Paulo Deloir Rodrigues (Conselho fiscal).

Maria Rita Gularte Jardim, integrante mais antiga dos Vagalumes, representa a chamada velha guarda da escola, cujo legado, independente de pausas, será eterno no município e lembrado no ecoar de cada tamborim.


(Maria Rita, ao centro)

(A presidente da agremiação, Cristina Madruga)

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