Ausência de chuva preocupa produtores de soja e estanca perspectivas à safra no RS


A ausência de chuvas no Rio Grande do Sul estanca a perspectiva de uma safra abundante de soja para este ano – cuja projeção inicial era de até 22 milhões de toneladas, segundo o presidente da Aprosoja-RS (Associação de Produtores de Soja do Rio Grande do Sul), Ireneu Orth – e prejuízos começam a ser notados em lavouras da oleaginosa, principalmente no interior do estado, destacou a jornalista Carolina Pastl, nesta sexta-feira (10), em sua coluna em GZH.

À jornalista, o assistente técnico em culturas da Emater, Alencar Rugeri, destacou que “23% dos 6,8 milhões de hectares semeados estão na fase mais crítica”, o que, em sua avaliação, é preocupante.

Em seu último informativo conjuntural, divulgado ontem (9), a Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) destacou que a redução de umidade em solo gaúcho tem causado estresse hídrico – o que gera murchamento, amarelecimento e até mesmo o abortamento de plantas – em parte significativa das áreas de cultivo, reduzindo assim o potencial produtivo da principal cultura cultivada em solo gaúcho.

Mesmo contabilizando 98% da área semeada, a estiagem obrigou as Regiões Norte, Noroeste e Fronteira Oeste do estado a paralisar suas atividades, o que impediu a evolução do plantio das lavouras mais tardias.

Dom Pedrito e Campanha

O informativo conjuntural da Emater destaca que na Região da Campanha “as plantas ainda apresentam coloração verde, sem sintomas significativos de estresse hídrico”, mas evidencia a preocupação dos produtores com uma possível paralisação do crescimento das mudas.

O documento também afirma que “há receio quanto às extensas áreas implantadas depois do Natal devido à rápida perda de umidade do solo e a não ocorrência de novas precipitações após a semeadura; nessas áreas, poderá ser necessário realizar replantios em um período considerado bastante tardio”.

Restam lavouras a plantar em Dom Pedrito, Hulha Negra, Lavras do Sul e Caçapava do Sul.

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