Mercado de trabalho do Rio Grande do Sul mostra recuperação após enchentes

 


Os principais indicadores do mercado de trabalho, no terceiro trimestre de 2024, demonstram a recuperação da economia do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio. O número de pessoas ocupadas registrou variação positiva de 2,1% em relação ao trimestre anterior, valor referente a 122 mil vínculos de trabalho. 

Os dados estão no Boletim de Trabalho, divulgado nesta terça-feira (17). A publicação trimestral do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), contempla os desempenhos do mercado de trabalho e do emprego formal no Rio Grande do Sul.

Na comparação com o ano passado, o Estado também apresentou variação positiva no número absoluto de ocupados, com aumento percentual de 2,4%. A taxa de desocupação (TD) no terceiro trimestre de 2024, em relação ao trimestre anterior, registrou retração de 5,9% para 5,1% no RS. 

Considerando-se apenas os terceiros trimestres do ano, este é o menor nível da taxa de desocupação desde 2015 na série temporal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Mercado formal

A análise dos dados acumulados dos últimos 12 meses, entre outubro de 2023 e outubro de 2024, evidencia acréscimo de 2,2% no estoque de empregos formais, com o total de 61,7 mil novos postos de trabalho. Ainda que positivo, o resultado mantém o Rio Grande do Sul na última posição entre as Unidades da Federação quanto ao percentual de aumento de empregos formais. O topo do ranking é ocupado pelo Amapá, que, no mesmo período, apresentou variação de 10,6%. 

Os setores que mais contribuíram para a expansão do emprego formal no RS foram Serviços, com percentual de 63,3%, e Comércio, com 19,1%. Construção respondeu com 12,2%, resultado considerado expressivo para o setor, uma vez que detém apenas 5% do emprego formal gaúcho. Já a Indústria contribuiu com 5,8% dos empregos adicionais e a Agropecuária, o menor setor no mercado formal, foi o único a enfrentar uma retração próxima à estabilidade.

A análise dos diferentes grupos populacionais aponta que as mulheres ficaram com 59,1% dos empregos gerados no RS nos últimos 12 meses, o equivalente a 36,5 mil postos de trabalho. A vantagem em relação aos homens se verificou em todos os cinco principais grupamentos setoriais, com exceção da Construção.

Mercado informal

A comparação entre o terceiro trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023 mostra que o número absoluto de ocupados informais subiu 7% no Estado, valor superior ao do país, de 2,4%. O percentual do RS representa mais 128 mil pessoas no mercado informal. 

O recorte por sexo, na comparação do terceiro trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, mostra que a ocupação informal cresceu mais entre os homens, com acréscimo de 81 mil pessoas, do que entre as mulheres, com 47 mil. 

Em relação à segmentação por idade, a ocupação informal no terceiro trimestre de 2024, em termos interanuais, cresceu mais entre os jovens de 14 a 29 anos (9,4%, mais 42 mil pessoas), e entre os idosos de 60 anos ou mais (11,4%, mais 33 mil pessoas). 

A análise do DEE aponta, ainda, que a ocupação informal foi superior, no terceiro trimestre, entre os negros em comparação aos brancos: 10% contra 5,9%. As informações são do governo do Estado.

Postar um comentário

0 Comentários