Chefe da Emater de Dom Pedrito fala sobre a safra de verão 2020-2021 no Município 



Conforme o Folha da Cidade divulgou recentemente, a Emater/RS-Ascar publicou, no dia 10 de setembro, sua estimativa inicial para a safra de verão 2020-2021 no Rio Grande do Sul, apontando que poderá ser a segunda maior do Estado, numa projeção feita a partir da produtividade média das diferentes regiões ao longo dos últimos 10 anos.

Devido à pandemia e ao isolamento social, os dados foram divulgados em entrevista coletiva de imprensa virtual, na manhã daquele dia 10 de setembro. Participaram o secretário da Agricultura, Covatti Filho, e o presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri. Cerca de 110 pessoas acompanharam o lançamento da estimativa por meio da transmissão no Facebook e no Youtube.

Depois de severa estiagem, a agricultura gaúcha se recupera – refere o documento da Emater. E segue: Em área total de 7,8 milhões de hectares (1,8% superior ao período anterior), deverá haver produção 40,2% maior do que a safra passada, alcançando 32,5 milhões de toneladas dos principais grãos de verão (soja, milho, arroz e feijão). A maior safra do Estado foi em 2017, com mais de 33,6 milhões de toneladas de grãos colhidos.

De acordo com o levantamento, a soja tem a expectativa de maior aumento na produção (68,8%) e na produtividade (65,7%) em relação à última safra, possibilitando colheita de cerca de 19 milhões de toneladas. É projetado rendimento de 3,1 toneladas por hectare, em área de 6 milhões de hectares, apenas 1,6% maior que no ano anterior.

Estimativas para Dom Pedrito - a cultura do arroz

Em se tratando de Dom Pedrito, o Folha da Cidade foi ouvir o chefe do escritório local da Emater, engenheiro agrônomo Walney Lucas Moreira, para que esclarecesse sobre as estimativas em nível local.

Walney informou estar a cultura do arroz, neste momento, em fase de preparo de solo. “Muitos já fizeram o preparo de verão ou preparo antecipado, estruturam a lavoura em termos de logística, ou seja, limpam os canais de irrigação ou constroem novos, arrumam as estradas internas, armazenam sementes, fertilizante, combustível, agroquímicos e outros insumos; reforçam a mão de obra e o capital a ser investido”, destaca Walney.

Segundo ele, apesar da temperatura fria em que o solo se encontra alguns produtores já semearam pequenas áreas. “Com a valorização do produto no mercado interno existe um certo entusiasmo e otimismo para com a lavoura 2020/2021, mas o fator complicador é o baixo volume de água armazenado em nossas barragens”, declina.

Hoje, se poderia irrigar em torno de 24 mil hectares de arroz em Dom Pedrito, e a expectativa de aumento dessa área recai sobre as esperadas chuvas da primavera que se inicia.

Na safra passada, Dom Pedrito colheu uma área de 35.841 hectares, de acordo com o chefe da Emater uma área em torno de 10 mil hectares a menos do que vinha sendo plantado no Município.

A cultura da soja

“Temos uma das maiores lavouras do estado – foi logo dizendo o chefe da Emater em Dom Pedrito -, e levando em conta a cotação do produto no mercado internacional, as perspectivas são de que a área seja ampliada”.

“Estão sendo feitas vendas futuras para a safra 2020/2021 e 2021/2022. É a oportunidade de os produtores colocarem em ordem o seu caixa”, acrescenta.

Na safra passada alguns produtores irrigaram no período mais crítico da estiagem, mas este ano, se não mudar a atual conjuntura de armazenagem de água, eles terão dificuldade de usar esta prática, anuncia Walney.

“Na safra passada colhemos 120.000 hectares e a previsåo inicial continua a mesma área. Com viés de aumento se não tivermos água para irrigar toda a área de arroz”, complementa.

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