A delegada responsável pelo caso, Marina Dillenburg, já foi titular da Delegacia de Polícia de Dom Pedrito, onde atuou em casos de grande repercussão, entre eles, a Operação Grande Família, a morte do menino Welyton Gomes Alves, entre outros. Ela disse não ter todas as provas para finalizar o inquérito policial de que é alvo André Lopes Machado, de 43 anos, mas afirmou que ele "muito provavelmente" vai ser "responsabilizado por perturbação da tranquilidade".
"Muito provavelmente, sim [vai ser responsabilizado], porque temos os vídeos que são uma prova bem forte em relação a isso. Mas ainda há elementos a serem considerados. A princípio será responsabilizado, por perturbação da tranquilidade. Se conseguirmos tipificar a conduta dele com outras vítimas e coisas mais graves, ele vai ser indiciado", explicou a delegada.
Segundo ela, o homem nega ter cometido assédio. Em nota, a Uber informou ao G1 que a conta do motorista foi banida do aplicativo.
A mãe da jovem afirmou: "Fiquei completamente indignada e com nojo do que ele falou para ela".
No vídeo, é possível ouvir o momento em que a jovem diz ser menor de idade ao motorista André Lopes Machado. Ele, no entanto, rebate e afirma que "não seria um problema".
O homem, então, continua: "Seria problema se tivesse 13 anos, e acho que tu não tem 13 anos, 14 para cima tu já é responsável".
Depois de postar os vídeos em uma rede social, a jovem recebeu relatos de outras adolescentes dizendo que já conheciam o motorista e que tinham passado pela mesma situação. De acordo com a delegada, não há denúncia de outros casos envolvendo o motorista.
"Foi a primeira vez que ele teve problema com uma passageira. Não recebemos formalmente nenhuma outra vítima, mas temos nomes e estamos indo atrás. Mas registro mais ninguém fez ainda", disse Marina Dillenburg.
A delegada disse ainda que André "nega que tenha assediado a menina". "Ele comentou que está sendo injustiçado, que ele teve de deletar os perfis de mídia social, que está repercutindo muito forte na vida dele, mas nega e entende que não houve assédio."
As informações são do G1/RS.
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