A Caixa D'água e a Arte pedritense



 A Assessoria de Cultura está de cara nova, segundo as palavras do titular da pasta, Ruy Francisco Dias Lopes. A seu convite, visitamos o espaço, na Caixa D'água da Praça General Osório, que por si só, é um lugar singular, pela sua arquitetura inigualável, pela sua localização, pelo ambiente como um todo, enfim, atributos não faltam à sede da Assessoria de Cultura do município. Bom, Chico deu o seu toque pessoal ao local, que passou a contar com peças de arte de artistas pedritenses. "Ainda não chegamos no ponto em que gostaríamos, mas tornamos o local mais aprazível e mais condizente com as peculiaridades de um setor da administração municipal que tem por objetivo promover a cultura", falou Chico. A seguir, destacamos alguns dos artistas que se fazem presentes na Caixa D'água através de suas obras. Chico destaca que o espaço é livre e está à disposição da comunidade.


Armando Almeida

 Gaúcho de Dom Pedrito, o gravador e escultor possui uma virtude praticamente exilada de nosso meio: a cortesia. mas não se engane leitor, debaixo dessa capa fidalga, esconde uma têmpera de aço, por isso também sua obra, a despeito de seu cunho popular, não faz concessões de nenhum tipo. Almeida, embora tematizando a revolta social e os aspectos humanistas da resistência à opressão, o faz com originalidade, exigindo de seus expectadores uma atitude - diríamos - de tensão e atenção. Trecho extraído de Armindo Trevisan - crítico de arte, escritor e professor. Porto Alegre.
Graduado em Artes Plásticas Ufrgs 1962. Curso de xilogravura, com Francisco Stckinger 1960-1962; Calcografia, com José Assunção - Ouro Preto, 1974-1975; Litografia com João Quaglia, ouro Preto, 1976; gravura a buril e técnicas de calcografia com Mario Dóglia, José Assunção e Ana Letícia Quadros, no museu do Ingá Niteroi, 1979; Litografia Garo Andreasian, Universidade do Novo México, USA, Fundação Álvares Penteado, São Paulo 1985; Viagem de Estudos à Europa, 1980. Em Dom Pedrito, sua terra natal, expôs em 1962, na Biblioteca Infantil Salzano Vieira da Cunha e no Dom Pedrito Country Clube. Foi professor de desenho na Escola Nossa Senhora do Patrocínio.


Sára Sanchez

 A revista Veja de 27 de dezembro de 1978, em sua seção "Gente", publicou a seguinte nota sobre a pedritense Sára Sanchez: "Os temas são velhas casas de paredes altas, interiores vazios, enfim, a paisagem plana de uma centenária cidade da fronteira gaúcha, onde a pintora nasceu e passou a infância. Mas as obras são todas realizadas no Equador, país onde Sára, 35 anos, mora e trabalha desde 1975. E a técnica é europeia: a mesma combinação de têmpera e óleo, em camadas superpostas, com a qual os flamengos do século XVII obtinham as inigualáveis transparências de seus quadros. Nas galerias mais importantes de Quito, suas obras são vendidas a peso de dólar - entre 2.000 a 3.000 dólares. Sára é filha de Wilda e José Sanchez.


Demétrio Cantera Mena Barreto

Nasceu em Bagé, em 1946. Pintor e tapeceiro autodidata, fixou residência em Dom Pedrito nos anos 50. Em 1961, primeira exposição patrocinada pelo Lions Club de Dom Pedrito; 1964 Exposição em Santa Maria - RS; 1965 Ingresso no Centro de Artes da Universidade Federal de Santa Maria; 1966 - Participou do Salão de Alunos em Santa Maria com menção honrosa; 1967 - viagem à Europa, tapeçaria com Yeddo Titze. 1970 - exposição em Dom Pedrito, na Biblioteca Salzano Vieira da Cunha (Caixa d'água); 1972 - Radicado no Rio de Janeiro, recebeu medalha de bronze no Salão do Sesquicentenário da Independência. Participou da Bienal de São Paulo; expôs no Festival de Inverno de Ouro Preto - MG. Etc.


Ana Cristina Jardim - Kika esteve em visita à Assessoria de Cultura do município. Sua obra contempla trabalhos em cerâmica. Estatuetas e placas retratam sua sensibilidade de artista nata. Algumas de suas peças continuam expostas na Caixa D'água.

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