Morreu na madrugada desta terça-feira (24), o ex-governador Alceu de Deus Collares, aos 97 anos. Natural de Bagé, Collares teve extensa trajetória na política estadual e nacional. Ele estava internado no Hospital Mãe de Deus e enfrentava um quadro delicado de saúde.
Conforme informações de GZH, colares estava internado desde o dia de 16 de dezembro, com um quadro de pneumonia. A causa da morte conforme boletim médico foi falência múltipla dos órgãos.
Natural de Bagé, nasceu em 1927, Collares chegou trabalhar como vendedor de laranjas para sustentar a si e a família. Também jogou no Guarany de Bagé e atuou como telegrafista. Formado em direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em 1960, aos 33 anos, foi eleito vereador em Porto Alegre no ano de 1965 e deputado federal na década de 70, então pelo Movimento Democrático Trabalhista (MDB).
Eleito prefeito de Porto Alegre em 1985 e governador do Rio Grande do Sul em 1990, na história como o primeiro negro a comandar o Palácio Piratini.
Para Dom Pedrito chegou a prometer a barragem do Bento Rengo, na região da Ferraria - plano que nunca se concretizou -, mas foi responsável por importantes avanços na infraestrutura da região. Foi no governo Collares, pensado ao lado da esposa Neuza, que ocorreu a implantação dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEP), que em Dom Pedrito levou o nome de Getúlio Dornelles Vargas. No entanto, seu governo foi desgastado e conturbado. Eleito deputado federal em 1998, reeleito em 2002.
Collares deixa a mulher, Neuza Canabarro, os dois filhos – Antônio e Adriana -, a enteada Celina Carvalho e uma biografia marcada pela autenticidade.
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