Indefinição do governo do RS retarda retomada de obras da Barragem Taquarembó



Mais de três meses após a abertura do edital que definiu a empresa responsável pela conclusão das obras da barragem do arroio Taquarembó, o governo do Rio Grande do Sul ainda não estipulou data para a assinatura do contrato para o empreendimento, que está paralisado desde 2017 com 60% dos trabalhos concluídos. A licitação foi vencida pelo consórcio formado pelas empresas Sultepa Construções e Bourscheid Engenharia e Meio Ambiente e envolve também a execução dos programas ambientais na barragem, localizada no interior de Dom Pedrito.

No dia 29 de fevereiro, o governador Eduardo Leite disse, durante evento de lançamento da segunda etapa do programa Supera Estiagem, que o contrato seria assinado durante a Expodireto Cotrijal, realizada de 4 a 8 de março, em Não-Me-Toque, o que não ocorreu. Na ocasião, o governador afirmou que seria feito aditivo contratual para as obras da barragem Jaguari, situada no limite de São Gabriel e Lavras do Sul. Conforme o governador, os dois projetos receberão cerca de R$ 250 milhões em investimentos, sendo em torno de R$ 180 milhões do tesouro estadual.

“São projetos antigos, que tiveram problemas desde a sua concepção, de financiamento, de contratos que talvez não tenham sido bem ajustados e geraram problemas no curso das obras”, disse Leite.

“Teremos a conclusão dessas barragens dentro do nosso governo”, afirmou o governador.

O edital para a concorrência foi publicado em 8 de setembro. O certame chegou a ser marcado para ocorrer em outubro e novembro, sendo adiado nas duas ocasiões para ajustes na documentação e por impugnação. O investimento total no projeto é de R$ 155,8 milhões, entre os governos estadual e federal. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 21 meses, projetado para o início de 2026 pela Secretaria de Obras Públicas (SOP).

A retomada dos trabalhos na barragem Taquarembó é aguardada pelo presidente da Associação de Usuários da Água da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria (AUSM), Edison Moreira Silva.

“É uma vergonha um Estado levar tanto tempo para fazer uma licitação. Mas, depois de seis anos de espera, parece que está bem encaminhado este assunto. Nesse meio tempo, passamos por três secas. Imagina se essa barragem estivesse pronta”, diz o presidente da AUSM.

Itamar Pelizzaro/Correio do Povo

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