Palmas sedia evento de comemoração a três anos de luta contra projeto de mineração


Por: Jornal Folha do Sul 

Cerca de 400 pessoas de diversos municípios gaúchos como Canguçu, Encruzilhada, Pelotas, Lavras do Sul, Dom Pedrito, Camaquã, entre outras cidades participaram de atividades no Corredor da Lexiguana, distrito de Palmas, entre a sexta-feira e o sábado. Os eventos serviram para marcar os três anos de mobilização contrária ao empreendimento de mineração que pretende se instalar próximo ao rio Camaquã. O projeto da Nexa Resources (antiga Votorantim Metais) pretende explorar na área metais como zinco, cobre e chumbo e, desde o ano de 2016, enfrenta uma forte resistência de grupos ambientalistas, produtores rurais, lideranças políticas, pesquisadores e comunidades, principalmente, de municípios que margeiam o rio Camaquã.

Conforme a integrante do grupo União pela Preservação do rio Camaquã, Ângela Márcia Scholante Colares, o evento foi muito positivo pela reunião de atores da sociedade civil de inúmeras cidades do Rio Grande do Sul, entre eles membros do Comitê de Combate à Megamineração no RS, com sede em Porto Alegre, e que foi fundado em junho deste ano e reúne representantes de 50 entidades. “A atividade também contou com representantes da Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), além de que tivemos a exibição do artista morador das ilhas do Camaquã, da cidade de Camaquã, Adriano Signorini Kath. Durante a noite de sexta-feira foi exibido o Dossiê Viventes - O Pampa Viverá, com grande interesse e presença da comunidade e escaladores”, detalhou Ângela Márcia.

A programação ainda contemplou a realização do primeiro Festival de Escalada Agrupa Climb, promovido pela Associação para a Grandeza e União de Palmas, que ocorreu na cordilheira da Casa de Pedra.

Posicionamentos

O primeiro ato realizado contra a instalação do projeto denominado “Caçapava do Sul”, ocorreu no dia 6 de novembro de 2016, na propriedade de Neco Barbosa, às margens do rio Camaquã. Na ocasião, a atividade reuniu cerca de 430 pessoas, entre produtores rurais, lideranças políticas, representantes de órgãos de pesquisa e educação. Após esse evento, a mobilização ganhou força com eventos, palestras, atos e manifestações que discutem até os dias atuais os riscos do empreendimento para a região do bioma Pampa. A Nexa Resources, por outro lado,  refuta os questionamentos, alegando que o projeto será o primeiro, do Brasil, sem a utilização de barragens para rejeitos ou água, o que segundo ela, não traria nenhum tipo de descarte na região.

Postar um comentário

0 Comentários