Prefeito participa de reunião para debater crise no arroz

Fotos: divulgação/Departamento de Comunicação

Em Brasília, o prefeito Mário Augusto de Freire Gonçalves, que está liderando um movimento de prefeitos em busca de soluções no enfrentamento à crise do setor orizícola, participou de reunião com a presença de Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia e outras lideranças políticas do agronegócio, como o senador Luis Carlos Heinze, que fez o agendamento do encontro. 

Em sua participação, o prefeito destacou que além do fator climático, a classe sofre com endividamento, falta de competitividade frente a outros mercados e taxações desiguais. “Praticamente metade da arrecadação do município de Dom Pedrito vem do arroz. Já chegamos a cultivar 50.000 hectares. Na safra 2018/2019, não chegamos a 40 mil/ha (com uma quebra de 50%) e a tendência é cair para 30 mil/ha para a próxima safra”, lamentou. 

O prefeito enfatizou durante a reunião, que não pode se conformar com a simples substituição do arroz pela soja, uma vez que, entre outros fatores, a mão de obra na lavoura de soja é muito menor que a do arroz. “Enquanto a lavoura de arroz utiliza 20 trabalhadores, a de soja necessita de apenas quatro para a mesma área. Isso denota, além de um problema econômico, um problema social, pois o país como um todo já acumula altos índices de desemprego”, destacou. 

Conforme o presidente da Associação dos Agricultores de Dom Pedrito (AADP), Cristiano Cabrera, Gonçalves está liderando cerca de 20 prefeitos, numa ampla mobilização para que junto às entidades de classe pressionem o governo, pois se necessita de políticas públicas que revertam a tendência da drástica diminuição da lavoura de arroz e endividamento da classe. 

“Essa liderança do prefeito de Dom Pedrito que começou em Rosário do Sul, teve continuação em Porto Alegre e, agora em Brasília, tem sido fundamental e estamos esperançosos quanto aos resultados. Esse é o quarto ano consecutivo que o setor enfrenta problemas climáticos e comerciais. E esse não é um problema apenas do produtor, mas sim um problema social”, ressaltou Cabrera. 

Conforme o presidente da AADP, a situação é muito delicada, caso não se consiga reverter a tendência negativa, Dom Pedrito sofrerá ainda mais com a diminuição de recursos e empregos para os próximos anos. “Contamos e estamos confiantes na importante liderança e força política do prefeito Mário Augusto para nos auxiliar nesta importante demanda que é de todos nós”, ressaltou.

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