Na manhã desta quinta-feira (20), o médico Miguel Dias, diretor técnico afastado do Pronto-Socorro Municipal, emitiu à reportagem do Folha, com autorização da provedoria da Santa Casa de Caridade e da Sociedade Médica de Dom Pedrito, um resumo do parecer técnico referente as denúncias de negligência no PS que acompanhou o seu pedido de afastamento do cargo.
Dentre os assuntos abordados no texto, divididos em cinco tópicos apontados como prioritários para melhorias no Pronto-Socorro Municipal, Dias destaca que somente em 2024, quase 54 mil atendimentos foram realizados na instituição “visto que por demanda reprimida nos postos de saúde da cidade a população procura o PS como o único recurso existente”.
A nota também ressalta a importância da criação de uma UTI Móvel, serviço inexistente no município. O médico ressalta que “pretendia diálogo com a Gestão de Saúde Municipal a esse respeito, mas, sem diálogo, vou ter que consultar sob sindicância o CREMERS e, pedir a revisão do contrato atual”. Ele também salienta que, caso fechada a UTI “se instaurará um estado de calamidade na saúde de Dom Pedrito”.
No comunicado, Dias também manifesta “profunda tristeza com a Gestão Municipal ao pedir o meu afastamento sem utilizar critérios técnicos”, e diz “o Prefeito [Guiga] se colocou a frente nas redes sociais incitando a população e manchando a minha imagem. Acredito que deveremos pedir proteção policial ao PS visto que não se entende essa situação е, solicitar aos vereadores da cidade um analise detalhado dos atos do Prefeito. Posso somente falar por mim e, como profissional
continuo o meu trabalho assistencial, embora esteja com assessoria
jurídica planejada para, no mínimo, um pedido de desculpas do
Prefeito e que declare publicamente que difamou a minha imagem
por pura ignorância política", pontuou.
Dias ainda confirma ter concluído “a análise do evento adverso acontecido com o senhor Wagner Ribas e prontamente entregarei o meu parecer ao Diretor Técnico da Santa Casa para estarmos abrindo uma Sindicância frente ao CREMERS”.
“Espero que o Gestor Municipal inicie a sua própria auditoria independente, concomitantemente. Caso o parecer técnico da Sindicância e auditoria seja positivo para a minha gestão, voltarei a exercer o cargo com a garantia de que o Gestor Municipal de Saúde atenda os cinco itens do meu parecer”, finalizou o médico.
Confira a nota na íntegra:
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