Para viabilizar ações de fomento e fortalecimento da ovinocultura gaúcha, desde a produção até a comercialização, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) anunciou a liberação de R$ 4,9 milhões oriundos do Fundo de Desenvolvimento da Ovinocultura (Fundovinos). O responsável pela gestão e execução do plano de trabalho será a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), pelo período de três anos. A assinatura do termo de parceria com a Arco foi realizada nesta quarta-feira (13) pelo governador em exercício, Gabriel Souza, o secretário da Agricultura, Clair Kuhn, e o presidente da associação, Edemundo Gressler, em ato no Palácio Piratini.
A entidade foi selecionada por meio do Edital de Chamada Pública nº 08, de setembro de 2023, com apresentação de metas para a realização de ações para o desenvolvimento socioeconômico do setor, buscando promover a melhoria dos padrões de qualidade, a competitividade dos produtores e a ampliação do mercado.
O vice-governador, que também é médico veterinário, destacou que atualmente a proteína de ovinos tem mais valor agregado no mercado. "O recurso do fundo pode auxiliar na capacidade reprodutiva do rebanho e aprimorar a qualidade da carne para fomentar a cadeia do setor. Precisamos investir cada vez mais na parcerização para investimentos em genética e manejo desses animais", destacou.
Os recursos serão utilizados para o estímulo ao sistema produtivo da carne ovina, a elaboração e o fortalecimento de programas de certificações dos produtos produzidos no Rio Grande do Sul e da lã gaúcha; o melhoramento genético; a promoção e o apoio para exposições e feiras; e a realização de eventos técnicos ligados ao setor.
Kuhn destacou o trabalho de toda a equipe da Seapi para que a parceria pudesse ser assinada a fim de beneficiar o setor produtivo. “A ovinocultura é uma grande potência no Estado, e o recurso de quase R$ 5 milhões vai favorecer muitas ações e mostrar a grande capacidade que temos de produzir uma carne de alta qualidade no Rio Grande do Sul”, disse.
Kuhn também ressaltou que o produtor rural tem a possibilidade de uma diversificação de produção, consorciando a ovinocultura a outras atividades. “Temos a noz-pecã e a oliveira, por exemplo, além de várias outras culturas que podem ser paralelamente consorciadas com a ovinocultura, levando ainda mais renda ao produtor, mantendo as pessoas no campo e atraindo ainda os jovens”, avaliou.
Dados da Radiografia da Agropecuária Gaúcha 2024, publicação da Seapi, destacam que o Rio Grande do Sul possui um rebanho declarado de 3,16 milhões de ovinos, sendo que cerca de 253 mil animais foram enviados para o abate em 2023. A produção de lã é na ordem de 8,47 milhões de quilos.
“É uma nova fase para a ovinocultura gaúcha, que será de desenvolvimento e fomento devido ao convênio. O setor tem um potencial social extraordinário, e essa é uma oportunidade para se desenvolver ainda mais, tanto na produção de carne quanto de lã”, explicou Gressler.
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