Em Bagé, Câmara de Vereadores aprova lei que extingue cargos em comissão da Prefeitura

 


O Legislativo bajeense aprovou, em sessões extraordinárias, realizadas no sábado, 16, a proposta que promove mudanças na estrutura administrativa do município. A proposição, que recebeu seis votos contrários, extingue todos os cargos em comissão, a partir de 31 de dezembro de 2024 (exceto o cargo de Chefe de Gabinete). O próximo prefeito, portanto, precisará considerar este fator quando montar sua gestão. As informações são do Jornal Minuano.

A proposta aprovada cria o cargo de profissional de apoio especializado (PAE) para 80 vagas, estabelece seis cargos de auditor de controle interno, cria o teletrabalho e home office, além de dois cargos de armeiro e mais 10 vagas para a Guarda Municipal. Os agentes também terão direito de periculosidade de 30%.

A legislação ainda altera o piso de odontólogo com aumento real de 1/3 (R$ 836,85) na publicação da lei e mais 2/3 (R$ 1673,70), a contar de dezembro de 2024, totalizando um vencimento base de R$ 3.960,00. A proposta recebeu seis votos contrários, das bancadas do PT, do PSB e do vereador Cleber Carvalho, do Progressistas. Representantes da bancada de oposição, formada por PT e PSB, destacaram preocupações quanto à constitucionalidade do projeto, propondo seu desmembramento para contemplar os funcionários públicos de forma justa, sem prejudicar outros setores da Prefeitura.

Os vereadores apresentaram diversas emendas, incluindo a extinção do artigo 36, proposta pelo vereador Cleber, que convalida atos e pagamentos realizados pelo atual gestor municipal. A vereadora Cáren Castencio, do PT, também propôs alterações, como o reajuste para todos os servidores ocupantes de cargos públicos no município. Mas as tentativas foram frustradas, uma vez que a base de governo votou contra as emendas, derrubando as propostas e mantendo o texto original do projeto.

Em uma declaração conjunta, os vereadores da oposição justificaram seu voto contrário, caracterizando o projeto como um "Cavalo de Tróia", que não apenas falha em contemplar as necessidades dos servidores, mas também utiliza esses funcionários como escudo para medidas que podem comprometer a integridade da administração pública municipal. Afirmaram que a decisão foi tomada em defesa da transparência, equidade e responsabilidade na gestão municipal.


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