Queima de Caixões no Cemitério Municipal

 Recentemente, o Folha da Cidade trouxe a denúncia da queima de caixões no Cemitério Municipal. Por meio de imagens captadas em um vídeo enviado por um morador das proximidades, era possível ver um amontoado de flores e caixões sendo queimados, fato que gerou indignação devido ao mau cheiro e fumaça, bem como as consequências que impurezas poderiam causar entrando em contato com a comunidade, visto que os materiais apresentam resquícios de decomposição de corpos.

 O Folha procurou a administradora do cemitério na quinta-feira (14), Sandra Carreira, para saber o porquê do procedimento e o que, de fato, estaria acontecendo. Segundo Sandra, anteriormente os materiais eram queimados em um forno durante a madrugada, porém devido à reclamação dos moradores, o Ministério Público proibiu esse método. "Com essa determinação, os materiais começaram a ser depositados naquele local para que, posteriormente, a Secretaria de Obras, fizesse a coleta, o que não não está ocorrendo. Não mandei colocar fogo naquele local, até por que é proibido, porém não temos como saber se alguma pessoa entrou no cemitério e pôs fogo. Este tipo de lixo deve ser encaminhado para um local especializado e no município não temos. Deveria haver algum tipo de acordo ou contrato com alguma empresa para fazer a retirada desses materiais e dar o destino correto. Para amenizar a situação do cheiro, solicitei a colocação de um container fechado para armazenar o material enquanto não é retirado, mas até agora não fui atendida", explica Sandra.

 Questionada, ainda, acerca das condições do cemitério, visto que valores são recolhidos pela prefeitura através do aluguel de salas, taxa de exumação, aluguel de túmulos e vendas de catatumbas e poderiam ser utilizados para a solução desses problemas, Sandra é enfática. "O cemitério deveria ter retorno desses valores, mas estou sem amparo, faltam materiais indispensáveis, inclusive material de limpeza e artigos para os banheiros", afirma.

Faltam catatumbas

 Um ponto ressaltado pela administradora do cemitério é a falta de catatumbas. Sandra Carreira solicita aos familiares de pessoas falecidas há mais de 4 anos e sepultadas em catatumbas alugadas, que procurem a capela, pois é necessário fazer a exumação dos restos mortais e o repasse para carneiras. "É importante que os familiares nos procurem, a situação está complicada e, em casos onde houver a necessidade da utilização da catatumba e o familiar não comparecer, tenho ordens superiores para realizar a exumação e colocar os restos mortais em um ossário", orienta.

 Informações podem ser obtidas diretamente na capela ou através do telefone 3243-5377.

Postar um comentário

0 Comentários