Quinta-feira Santa teve procissão de veículos


 Este ano, a tradicional procissão de Corpus Christi foi um tanto diferente na Capital da Paz. Nada de tapetes de serragem, de cânticos ou velas, até porque a chuva atrapalhou as festividades católicas, e os tapetes que são tradicionalmente confeccionados em volta da Praça General Osório não chegaram a ser preparados. Mas uma cena pouco comum marcou mais uma vez o palco do noticiário local – em vez de uma procissão de pessoas em torno do culto cristão, houve uma procissão de fieis “motoristas”, tão ou mais devotos do abastecimento a qualquer preço, visto que ninguém se importava com o valor, mas sim com a chance de manterem-se rodando em seus veículos. Sim, estávamos todos lá, literalmente em torno dos postos de gasolina, que no final desta manhã começaram a receber o líquido “nosso de cada dia”, leia-se gasolina.

 O jornalismo do Folha da Cidade acompanhou de perto o movimento nos oito postos da cidade e testemunhou a intensa procura da população que, com medo de ficar desabastecida novamente, aproveitou a chegada de caminhões carregados de combustíveis em praticamente todos os estabelecimentos que vendem o produto e formaram longas filas. Todos eles tinham um limite máximo de R$ 100,00 por cliente e alguns, no final do dia já haviam esgotado seu estoque, mas com a perspectiva de novas remessas chegarem amanhã. A desmobilização de muitos núcleos de protesto no Estado facilitou o tráfego de caminhões tanque que viajaram, a maioria deles, sem escolta, o que indica que nos próximos dias o abastecimento deverá ser normalizado, inclusive no que diz respeito às cargas de todo o tipo.

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 Folha da Cidade, quem lê não troca!


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