Na sessão legislativa do dia 13 de novembro, o vereador e também provedor da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito, Luis Carlos Mores Costa, por ocasião de sua fala, revelou na tribuna do Plenário Ataliba Torres algumas informações. Em uma publicação (a pedido) do Simers - Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, o órgão anunciava o descredenciamento dos médicos que atendem pelo SUS, aqui na cidade. De acordo com Moraes, o Simers dava prazo de 30 dias para o pagamento dos atrasados e do reajuste de salários dos médicos.
O provedor foi enfático: "Senhores, a Santa Casa não deve um real para ninguém". E ainda afirmou que este sindicato deve estar olhando a situação de outras cidades.
Outro assunto que Moraes apresentou, diz respeito à posição de provedor da Santa Casa, o que lhe confere o conhecimento dessas informações. Como gestor, Moraes revelou que o custo do Pronto Socorro para o município é de R$ 4,2 milhões por ano. Segundo ele, o grande problema é que o local que deveria ser utilizado para atendimento de urgência e emergência, atende outras demandas. "Nosso Pronto Socorro não é Pronto Socorro", sentenciou Moraes, dizendo que ele assemelha-se mais a um "postão" que atende mais de 150 pacientes por dia e que se retirassem do PS todo essa procura por atendimento clínico, a despesa cairia quase pela metade. O provedor confirmou o que é sabido de todos. As pessoas procuram o Pronto Socorro para pedir receitas, atestados médicos e outras coisas de menor gravidade, por isso o número elevado de atendimentos.
Moraes apresentou mais alguns valores empregados pelo município na área da saúde. Por mês, a prefeitura gasta R$ 356.327,00 no mês de 30 dias e R$ 361.000,00, no mês que tem 31 dias. R$ 89.200,00 são referentes ao pagamento de um médico plantonista 24h. Para um segundo médico R$ 66.960,00.
Existe ainda um complemento de atendimento aos médicos de sobreaviso nas seguintes especialidades: Obstétrico R$ 20.736,00; cirúrgico, R$ 20.736,00; pediátrico R$ 20.736,00 - valores que não são individuais, mas sim, por especialidade, ou seja, se em uma especialidade houver dois médicos, o valor é dividido por dois, se houver três médicos, divide-se por três, e assim por diante. Então, o valor médio da hora do médico de sobreaviso gira em torno de R$ 58,00.
Moraes justificou a apresentação dos valores para que em futuras negociações, aqueles que participarem da formulação de contratos, saibam em que é empregado cada valor.
A prefeitura também repassa outros valores, conforme a seguir:
R$ 20.000,00 gastos do Pronto Socorro com laboratório.
R$ 76.611,00 com pessoal;
R$ 18.769,74 outros encargos, como férias e décimos terceiros;
R$ 9.538,00 taxa de administração do Pronto Socorro;
R$ 3.000,00 diretor técnico do Pronto Socorro;
R$ 2.000,00 diretor da Agência Transfusional;
R$ 2.000,00 serviço de verificação de óbitos;
R$ 2.000,00 exame de corpo de delito;
R$ 2.000,00 autorização de internação hospitalar;
R$ 2.000,00 comunicação de acidente de trabalho;
R$ 5.000,00 auditor de exames de média e alta complexidade.
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