O jornal Folha da Cidade, dando seguimento a sua série de reportagens sobre os grandes artistas pedritenses, conta hoje um pouco da história do cantor, compositor e instrumentista Vitor Silva. O artista, que é casado, pai de um filho, nos recebeu em seu local de trabalho, na Lotérica da Barão, onde em recinto reservado, conversamos sobre o assunto que representa para ele, o seu ideal de vida realizado, pois que como ele nos contou, dedica-se desde pequeno à música, onde construiu uma trajetória de sucesso e reconhecimento.
O começo da carreira no festival das escolas
Vitor conta que sua carreira teve início quando ele tinha mais ou menos 11 ou 12 anos nos famosos festivais das escolas, que foram para Dom Pedrito um grande celeiro que revelou grandes intérpretes e instrumentistas e que hoje tem destaque expressivo no meio musical, como ele próprio.
Em suas participações nestes primeiros eventos ele ganhou premiações por quatro edições seguidas, prenunciando o caminho vitorioso que viria a percorrer.
O festival das escolas ganhou força com tempo, tanto que praticamente se igualou ao Ponche Verde da Canção Gaúcha em termos de concorrência e qualidade de som, de estrutura, até que, infelizmente, deixou de ser realizado, ficando uma lacuna no cenário de eventos da cidade.
A música do sul
Cantor nativista por excelência, Vitor lamenta o fato de se fazer certa diferenciação com a música tradicionalista, o que deixa a música gaúcha muito isolada, impedindo muitas vezes que o talento do Sul avance por outras regiões, pois o Rio Grande do Sul possibilita que estilos diferentes abranjam públicos também diferentes.
O seu próprio show e o 1º CD
Agora compondo e cantando, Vitor enviou músicas para outros intérpretes e festivais, participou de eventos, criou o seu show e gravou o seu primeiro CD no ano de 2015 - Pra domar Saudades, produzido pelo renomado Nelci Vargas, onde ele resgatou antigas composições, suas e de outros músicos que tiveram importância em sua carreira.
O reconhecimento
Na última edição do Ponche Verde da Canção Gaúcha, festival que ele participou em outras oportunidades acompanhando outros artistas, Vitor se apresentou com um show próprio.
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| O filho Pedro, César Oliveira e Vitor Silva |
Ele conta que durante a preparação para esta apresentação, ele se preocupou muito com todos os detalhes, queria que tudo saísse perfeito, afinal, era na sua terra, para a sua gente que ele iria se apresentar. "Depois que estava tudo preparado eu pensei, calma, eu tenho que aproveitar esse momento", falou Vitor emocionado, com brilho nos olhos que contagia. Ele também falou com muita alegria que este foi o melhor momento de sua carreira.
"Eu estava fazendo o meu show, para a minha gente, e eu não esperava que o público fosse me receber tão bem. Eu fui muito aplaudido, o público participou bastante, me acompanhou durante todo o tempo, foi muito emocionante mesmo", disse Vitor. Com duração de aproximadamente uma hora, Vitor cantou em torno de quinze canções.
Ele fala que em toda a sua carreira viveu muitos momentos felizes, mas como o que narrou antes, nunca tivera até então, pois foi o reconhecimento de sua cidade que conferiu a ele o contentamento e o respeito que todo artista deseja.
Vitor finaliza dizendo que Dom Pedrito é um celeiro de músicos e compositores muito bons e que hoje colhe os frutos daqueles precursores, no que ele cita Sérgio Roberto Vieira, Sergio Tarouco, Luter Brito, Moreno Garcez e outros, time no qual ele humildemente se inclui. Talvez esteja aí o porquê de as gerações atuais terem mais facilidade e estarem mais preparadas.
Atualmente ele está preparando o seu novo trabalho, um CD com composições de outros autores, mas dando a sua roupagem musical. Vamos aguardar ansiosos. Enquanto isso, fica a nossa homenagem, o carinho do povo pedritense a esse homem que carrega o nome de Dom Pedrito no coração e nos palcos por onde ande.
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