Jóquei Clube Pedritense - A cancha reta de nossas lembranças

Danilo Torres e Jóquei Cauã, em um dia de treinamento.

 Quem já goza de certa maturidade, em se falando de idade, com certeza pode falar de tempos em que as "pencas" movimentavam Dom Pedrito e região. Eram verdadeiros eventos que contavam com representantes de várias partes do estado. Com o passar dos anos, infelizmente o quadro foi se modificando, talvez pelos custos envolvidos no esporte, a falta de representatividade, a gestão que não conseguiu dar conta de encargos que incidem sobre todas as coisas, enfim.

 O fato é que nosso Jóquei Clube já teve seus tempos áureos, mas, hoje, o que se vê é um agonizante representante de classe, sufocado, apertado, literalmente por todos os lados, por casas e empresas. Durante a semana que passou, estivemos no local e, o que encontramos é de certa forma, algo esperado. Diante da falta de planejamento e expansão desordenada da área urbana, o clube foi perdendo seu espaço.

 A área antigamente ocupada por estrebarias, bares, sombra onde as pessoas assistiam empolgadas as tradicionais pencas de domingo à tarde, agora estão tomadas por construções que nada têm a ver com a antiga paisagem.

 Coincidentemente, encontramos com o sr. Danilo Torres e o pequeno Cauã, jóquei iniciante, fazendo seu treinamento diário em uma bela potra. "Sem dúvida, antigamente o movimento era bem maior. Hoje ainda acontecem as pencas (ele nos contou que houve uma nos dias 13, 14 e 15 de maio), mas o movimento caiu muito", contou ele. Jóquei amador quando pequeno, Danilo relembra os grandes tempos do turfe em nossa cidade. Com efeito, hoje as exigências são outras. Questões burocráticas, de sanidade animal, entre outras, tornam o esporte de difícil manutenção.

 A questão cultural também influencia. Muitos turfistas da velha guarda já não estão entre nós e talvez por isso, o gosto pela cancha reta tenha caído no esquecimento. Na imagem ao lado a atual sede do Jóquei Clube.

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