A música como mecanismo de transformação da sociedade


 "....a música serve para dar alegria, motivar
 e também para que entendamos a tristeza"

 Este foi o tema da conversa que tivemos na quarta-feira (17),  com ninguém menos que o gaiteiro do grupo "Os Serranos", Daniel Hack e com o renomado artista pedritense, Nelci Vargas.

 A ideia surgiu por conta de uma apresentação que ambos fizeram em uma reunião reservada na Loja Maçônica Cruzeiro do Sul III, onde Daniel fez algumas colocações nesse sentido. "Penso que a música serve para dar alegria, motivar e também para que entendamos a tristeza", referiu o artista. Daniel nos disse que o artista deve dedicar parte do seu tempo ao caráter reflexivo desta arte, sob pena de deixar de contribuir na construção de uma sociedade melhor.

 A música, segundo ele, ajuda a entrar em um estado de espírito  favorável  ao perdão, ao bom convívio. Em nossa conversa, Daniel citou como exemplo a canção "Tocando em frente" dos compositores Almir Sater e Renato Teixeira.

Nelci Vargas e Daniel Hack
 O artista sente uma certa perda de função na arte contemporânea, notadamente na música, onde a indústria visa primeiramente o lucro em detrimento da qualidade. Refere ele que a iniciativa deve partir do artista e nesse contexto, a música regional tem seu destaque, pois que valoriza muito o aspecto construtivo da arte.

 Quanto ao encontro, Daniel conta que sentiu-se honrado ao "acompanhar" Nelci Vargas, ao que ele se referiu como um grande talento, não só da terra, mas nacionalmente falando. Conversamos também com Nelci Vargas, que comunga das mesmas ideias. Ele que é um artista nato desde a infância, fala que todos, indistintamente, gostam de música. "Ela é um dom divino. Uns o tem, outros a estudam. A música é a linguagem universal. Ela tem o dom de acalmar as pessoas e está também em todos os lugares, no encontro de amigos, nos filmes, no churrasco de domingo", frisou Nelci.

 Com muita humildade, ele diz que "arranha" todos os instrumentos mas não toca nenhum. Pensa ele que a música é uma missão para o artista e, a exemplo de Daniel, falou que as grandes composições perderam seu espaço, e que atualmente a indústria vende "música para os pés e não para a cabeça".

 A música é assim. Une, acalma, estimula, constroi. Daí a importância de se destacar e valorizar aqueles que a promovem de maneira levar a verdadeira arte a todos os rincões.

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