Arte da Capoeira está em expansão em Dom Pedrito


 A Capoeira é considerada uma “expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música”. “Ouvimos dizer que a Capoeira começou com os negros vindos da África. É verdade, e portanto ela é tipicamente brasileira. Mas surgiu aqui no Brasil, os negros na África não praticavam Capoeira”, nos diz o professor Luiz Claudio Gonçalves Leaudino, do Centro Cultural Integrado Abadá Capoeira, de Bagé, que expande cada vez mais suas atividades também em Dom Pedrito. Ele conta que, quando escravos, os negros no Brasil precisaram aprender a se defender, mas precisavam disfarçar esse treinamento com músicas e danças, de forma que os (senhores) brancos acreditassem que estavam apenas manifestando uma cultura africana e não aprendendo a brigar. Daí o berinbau, os gingados e os cânticos que são marca registrada da Capoeira.

 Mas poucos sabem que, em Dom Pedrito, essa arte surgiu dentro do 14º Regimento de Cavalaria, no ano 1986, com o então aspirante Ricardo, que chegava da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) e o próprio sargento Leaudino, hoje na reserva do Exército, mas que naquele ano estava chegando ao município, recém formado pela EsSA (Escola de Sargentos das Armas).

 Agora, com sua base em Bagé, Leaudino vem uma vez por semana a Dom Pedrito, onde, nas quartas-feiras, ministra suas aulas no Clube Comercial, das 17h às 18h para crianças de 7 a 12 anos de idade, e das 18h às 19h para a turma a partir dos 13 anos, sem limite de idade.

 Outra parceria, embora neste momento temporariamente interrompida, vinha acontecendo desde  2014 com a Escola Estadual Coronel Urbano das Chagas, onde o ginásio de esportes era cedido pelo educandário em troca de algumas bolsas para alunos da própria escola. “Tivemos que interromper esse projeto por alguns meses, enquanto o ginásio deles se adequa à legislação do PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndio), explica.

 “Estou, ainda, fazendo ‘vivências’ (fase de experiências) nas escolas de educação infantil, é um trabalho de base que já desenvolvemos há cerca de 20 anos em Bagé, e agora estamos começando em Dom Pedrito, nas escolinhas Corujinha, Brincando com Arte e Trenzinho da Alegria”, destaca Leaudino.

 O próximo passo, também seguindo o ritmo que já é desenvolvido em Bagé, é de a Capoeira ser levada até instituições e entidades assistenciais. “Lá, temos atuado em escolinhas como o Jardim Auxiliadora, Colégio Espírito Santo, Escola Modelando Sonhos;  e em instituições como Caminhos da Luz (para portadores de necessidades especiais) e no Centro Municipal de Apoio Educacional Mathilde Fayad (para crianças autistas)”, acrescenta.

 Quem quiser saber mais sobre o assunto, pode contatar Leaudino pelo telefone 9972-2580.

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