CMT assume a responsabilidade do desfile e diz que tradições não podem ser perdidas


 Ao contrário do ano passado, o Desfile Farroupilha de 20 de Setembro está confirmado pela Coordenadoria Municipal de Tradicionalismo (CMT). O evento já está registrado pela CMT na Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA), sendo a coordenadoria  a responsável pelo evento, com o apoio dos patrões das entidades tradicionalistas como co-responsáveis.
 Em 2015 não ocorreu o Desfile Farroupilha em razão do foco de Mormo em um equino detectado na cidade de Rolante, fato que gerou preocupação na população, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) do Estado e do Executivo municipal, que por intermédio da CMT eximiu-se de responsabilidades quanto a perigo de animais infectados em razão da aglomeração dos cavalos. 
 Neste ano, surgiram suspeitas da doença em Bagé e Dom Pedrito. Em entrevista à reportagem do Folha da Cidade, o coordenador municipal de Tradicionalismo, Luiz Carlos Dutra de Lima, ao ser questionado se havia uma preocupação em razão dessas suspeitas na cidade e município vizinho, foi enfático em seus esclarecimentos, ressaltando acreditar que não ocorrerão problemas. "A doença Mormo no ano passado  era algo muito recente, estava todo mundo surpreso. Tenho conversado com pessoas que trabalham há muitos anos com cavalos e, assim como o homem é suscetível a doenças, o cavalo também. Se fosse uma epidemia era diferente, mas da forma como está se tomando as providências e cuidados necessários, não vejo problema em termos o desfile", afirma o coordenador, ressaltando que será inevitável uma redução no número de cavalarianos.

 Ele ainda acrescentou a importante parceria da IDA e Brigada Militar. "Está acertado que haverá uma fiscalização no início do desfile para verificação dos animais com a pulseira, assim como uma fiscalização itinerante. É importante que todos que saírem a cavalo estejam de posse das documentações".


Exigências para emissão de GTA para a Semana Farroupilha, que pode ser emitida de 12 a 19 de setembro: 
  • Possuir cadastro junto à Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA). Para o cadastro é necessário: preencher o cadastro de produtor (pegar modelo na IDA); cópia de RG com CPF; cópia de comprovante de residência;
  • Nota Fiscal ou Registro Genealógico do Animal ou Declaração de Transporte de equino ou  Autorização para Emissão de GTA (Hotelaria);
  • Exame Negativo para AIE (Anemia Infecciosa Equina) – Exames realizados a partir de 26 de março de 2016 (cópia e original);
  • Exame Negativo para Mormo – Exames realizados a partir de 26 de março de 2016 (cópia e original);
  • Vacinação para Influenza Equina (válida por 1 ano) ou atestado clínico (emissão do atestado no máximo 3 dias antes da emissão da GTA);
  • Ticket de aquisição da pulseira obrigatória para trânsito de equinos entre 12 e 20 de setembro de 2016, em Dom Pedrito.
  •  Colocação das pulseiras:

 Para o desfile 2016 será indispensável o equino portar uma pulseira com indicação de regularidade frente a GTA. As pulseiras custarão R$ 5,00 cada e serão entregues a partir de 12 de setembro após a emissão da GTA. Elas serão colocadas pela Inspetoria de Defesa Agropecuária em local definido posteriormente pela CMT junto aos patrões das entidades.

 De acordo com a CMT, até este sábado, dia 20, representantes das entidades deverão enviar à coordenadoria o número de equinos para o Desfile de 20 de Setembro.

MORMO
 O Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, causada pelo Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente: pus; secreção nasal; urina ou fezes.

 O tratamento não é indicado porque os animais que permanecem infectados, tonando-se portadores de infecção e o tratamento não tira a bactéria do organismo, ela fica transmitindo a doença para outros animais. O sacrifício é para evitar que o animal doente transmita a doença para outros animais.

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