Carlos Alexandre retorna do Canadá e compartilha suas experiências

Beira-mar da cidade de Halifax, na província de Nova Escócia.

 Carlos Alexandre Miranda Peres, pedritense filho de Cilene e Carlos Peres, retornou do Canadá no dia 12 de julho passado, depois de um período de 10 meses no estrangeiro, participando do intercâmbio rotário que, neste ano, levou 4 de nossos jovens a países distantes e muito diversos culturalmente do Brasil, talvez com a exceção do México, com quem temos mais afinidades por se tratar de uma nação latino-americana. Hoje, é o próprio Carlos quem nos conta suas impressões sobre essa viagem maravilhosa que acabou de fazer:
 “Em setembro de 2015, peguei um avião rumo ao Canadá, para a cidade de Moncton, na província de Nova Brunswick, pelo Programa de Intercâmbio de Jovens (PIJ) do Rotary Clube Dom Pedrito.

 Depois de mais de quinze horas de viagem, cheguei ao destino tão esperado, porém, ainda desconhecido. Os meses que passei lá foram de várias descobertas e crescimento, tanto pessoal como cultural.

 A cidade de Moncton tem 125 mil habitantes e é dividida em três partes: Riverview,  a parte inglesa; Dieppe, a parte francesa; e Moncton, que ficava entre as duas e abrigava as duas línguas. As três formavam a Grande Moncton. A cidade é repleta de opções de entretenimento, como shoppings, jogos de hockey, boliches, fast foods e pubs.

 Vi minha rotina mudar drasticamente. Cheguei em uma cidade onde não conhecia ninguém e a cultura, apesar de ser muito semelhante a nossa, era diferente em vários  aspectos. No Canadá, as pessoas são muito amigáveis e educadas, porém não têm o famoso calor humano brasileiro. A minha rotina era acordar às 7h30min, pegar o ônibus e ir para a escola, onde as aulas começavam às 8h45min e terminavam às 15h30min.

Minha família canadense
 Pude finalmente conhecer a neve e as temperaturas de -22ºC, e apesar de ter ficado algumas vezes sem poder sair de casa pelas tempestades de neve, era um fenômeno muito bonito. Fiquei os quase 10 meses em que morei lá com a mesma família, e frequentava o Rotary Club Moncton West & Riverview. Os principais esportes praticados lá eram hockey, futebol americano e baseball, mas todos os outros eram também importantes, especialmente na escola.
 Uma das diferenças que notei entre Brasil e Canadá, é que lá, todos os jovens são bastante encorajados a praticarem esportes e participarem dos times escolares, que são levados bem a sério. Tive a sorte de chegar a tempo da temporada de futebol americano, e alguns jogos eram realizados na minha escola. A temporada acabou quando começou o inverno, e a neve chegou. No inverno o principal esporte é hockey, fui a alguns jogos e hockey se tornou um dos meus esportes favoritos. No último semestre, com o início da primavera veio o atletismo e eu entrei no time.

Junction. Festa após a graduação.
 Meus amigos de escola eram principalmente intercambistas, como alemães, espanhois, e alguns canadenses. O sistema escolar lá é bem diferente, basicamente todas as escolas são públicas, pois a qualidade de ensino é alta. Em contrapartida todas as faculdades são pagas. No ensino médio, os alunos escolhem suas matérias e cada semestre eles têm as mesmas cinco matérias todos os dias.

 As divergências culturais são bastante notáveis. A comida de lá é praticamente a mesma daqui, apenas com menos sabor, e geralmente industrializada, e o que mais difere é o modo de fazer, como o churrasco. Lá o churrasco é na grelha e não no espeto, e eles não comem algumas coisas como coração de galinha e arroz e feijão. Eles também não têm a cultura de baladas como nós, apenas nas grandes capitais, tendo mais, uma cultura de Pubs. 

Grad Ditch Day. Dia que os formandos faltam aula
 e vão pra praia 
 No verão eu ia a festas em campos ou em casas de amigos, e passava algumas tardes na praia.

 A maior temperatura que peguei foi de 26ºC, e mesmo assim a água das praias é extremamente gelada, entrei mesmo assim. Quando fui já tinha fluência na língua inglesa, então não tive problemas, e pude mostrar bastante da nossa cultura para os canadenses. A minha experiência foi com certeza única e me fez crescer em vários aspectos. Sou imensamente grato ao Rotary Clube de Dom Pedrito e principalmente aos meus pais, que me proporcionaram essa viagem incrível”.

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