Unipampa

Terceirizados da Unipampa fazem manifestação

 Visando reivindicar o pagamento dos salários em dia, o recebimento do vale alimentação, atrasado em 4 meses e diárias, funcionários contratados por empresas terceirizadas para prestar serviços à Universidade, paralisaram parcialmente na segunda-feira (16). Segundo os representantes das três áreas, motoristas, Sulport e Vigitec, já foram feitos diversos contatos com a Universidade, porém o não repasse de verbas por parte do governo federal, está ocasionado o problema, que se repete em outros campus. "Estamos preocupados, famílias sobrevivem com esse trabalho. Queremos que olhem por nós, estamos pedindo socorro", disse Carmem Vera Oronha.

 A paralisação ocorreu parcialmente, nenhuma área competente ao trabalho dos servidores ficou desassistida. Carmem disse, ainda, que foi adotada a medida porque a comunidade escolar que necessita dos serviços prestados pelas classes não pode pagar por esse problema. Já Wagner Bittencourt, preposto da empresa de vigilância que presta serviço para a universidade, Vigitec, informou que o serviço não foi interrompido, pois poderia acarretar sérios problemas dentro do campus.

 Dirigentes da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) estiveram reunidos, nos dias 12 e 13 de maio, para debater as medidas de contenção de despesas que a Instituição deverá adotar diante da redução dos repasses financeiros e orçamentários por parte do governo federal. A reunião contou com a presença do reitor da Unipampa, Marco Antonio Hansen, do vice-reitor, Maurício Aires Vieira, de pró-reitores, diretores dos campus e coordenadores administrativos. A fim de adequar-se ao contingenciamento, imposto pelo governo federal, de 50% do custeio, a Reitoria e as Unidades Universitárias da Instituição planejam ações efetivas de economia em energia elétrica, água potável, alugueis, diárias, telefonia e em contratos. Os estudos de viabilidade econômico-financeira envolvem negociações com empresas. O estudo desenvolvido durante os dois dias de debates será encaminhado para análise jurídica e devidas providências.

CONTENÇÃO DE DESPESAS


 Outra preocupação dos servidores tercerizados, refere-se a um corte de 50%  do custeio repassado à universidade, o que poderá gerar cortes de servidores e prestadores de serviços ao campus. Com isso, uma nova mobilização ocorreu em frente a universidade na sexta-feira (20), onde mais servidores participaram. 

 Os terceirizados receberam o total apoio da universidade. "Estamos todos a favor das manifestações e contra os cortes, pois entendemos que isso sucateia a universidade e todos os serviços são necessários para o bom andamento da instituição. O conjunto dessas ações formam os profissionais do futuro", declarou Caroline Mainardi, fiscal do contrato de limpeza e portaria.

 Por meio de uma nota pública, a reitoria da universidade declarou repúdio aos cortes impostos pelo governo federal e declara seu apoio ao movimento da comunidade acadêmica em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. 

O CAMPUS DE DOM PEDRITO


Fernando Zocche - Diretor do campus Dom Pedrito
 Com relação à manifestação dos servidores, o diretor do campus de Dom Pedrito, Fernando Zocche, não manifestou nenhuma posição contrária, inclusive destacando que o apoio de todos é importante na luta pelo não desmonte da educação. Em entrevista ao Folha da Cidade, Zocche manifestou preocupação e disse que o assunto está sendo tratado com cautela. "Estamos considerando o assunto com bastante cuidado, porque são muitas vidas que estão sendo analisadas, muitos empregos. Especialmente os terceirizados, temos uma previsão de redução, não sabemos quantificar esse número, mas o cenário financeiro e orçamentário indica que isso irá acontecer. Estamos muito sensíveis a esse pessoal e o que eles passarão daqui para diante. Também estamos repudiando os cortes que nos exigem essa readequação. Uma data precisa não temos, cada dia é um cenário novo. Nosso reitor está em tratativas para melhorar essa situação, esse esforço é o primeiro passo, estamos todos mobilizados. Esses cortes afetam irreversivelmente a educação, que começa a ser desmontada e o prejuízo será dado para o acadêmico e isso não queremos, primamos pela educação plena e de qualidade", destacou.

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