Greve do magistério não é unânime e alunos fazem manifestações


 Desde a decretação de greve, na sexta-feira (13), em assembleia em Porto Alegre, promovida pelo Cpers Sindicato, o cenário em Dom Pedrito, na rede de ensino, sofreu alterações no decorrer da semana.

 Na segunda-feira (16), uma reunião no Instituto de Educação Bernardino Ângelo, teve por objetivo buscar um entendimento sobre a greve no município.

 Na ocasião, as professoras representantes do Cpers no município, Ana Lúcia Saraiva e Claire Maria Amaral, que contaram com o apoio da direção da escola, explicaram o porquê da adesão à greve. "Foi decidido por unanimidade pela greve e há o apoio de muitos alunos", explicaram.

Reunião no Bernardino Ângelo com o Cpers
 Dentre os principais pontos expostos para a greve, que está sendo construída por meio de paralisações, estão o não pagamento do piso salarial, o congelamento dos salários, que não estão sendo repostos pela inflação e o parcelamento. 

 Outro ponto de grande destaque que está gerando preocupação na categoria, é uma mudança com relação ao Instituto da Previdência do Rio Grande do Sul (IPE), onde já há uma proposta de que cada dependente pague um valor equivalente a 5%.

 A greve, em sua plenitude, ainda não está ocorrendo em Dom Pedrito. O Bernardino Ângelo, até o meio da semana, era o único a aderir à greve. Outras escolas optaram por não aderir, sendo em algumas instituído horário reduzido. Durante a semana, ocorreram reuniões nas escolas e manifestações no calçadão da praça General Osório.

MANIFESTAÇÃO DOS ALUNOS


 Em apoio aos professores, ao menos alunos de duas escolas realizaram manifestações em frente aos estabelecimentos de ensino. Na Escola Nossa Senhora do Patrocínio, portando cartazes, alunos do 1º e 2º ano do turno da tarde paralisaram em prol dos professores e pediram melhorias na escola. 

 O ato ocorreu na tarde do dia 18, ocasião em que os alunos relataram que como os professores não podiam paralisar devido ao corte no ponto, os alunos decidiram parar suas atividades por eles. O grupo também pedia por melhorias na escola, tais como uma reforma no ginásio, merenda e limpeza.

 Já no Bernardino, onde houve adesão à greve, a mobilização foi mais intensa. Alunos ocuparam a escola em apoio aos professores. Nas redes sociais, uma aluna explanou: "A nossa escola está ocupada, sim! Nós ocupamos em apoio à greve de nossos professores. Do jeito que está não vai ficar, nós faremos o possível para ajudá-los. Pedimos aos professores que não aderiram à greve, que entrem nessa luta".

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