As palavras de uma mãe que perdeu seu filho no trânsito


 Dia 16 de setembro de 2013. Essa data nunca será esquecida por Priscila Correa, 33 anos, mãe do jovem Lucas Correa Perez, que faleceu aos 18 anos, vítima de um acidente de trânsito na rua Julio de Castilhos, quando ia para casa de bicicleta.

 Passados 2 anos e 8 meses do acidente, Priscila relembra, emocionada, algumas características do filho, na época, cheio de vida. Ela relatou à reportagem do Folha da Cidade, como está sua vida atualmente, e aproveitou para alertar a comunidade dos perigos de uma imprudência. "Eu tinha um filho maravilhoso, lindo, único, ele era tudo pra mim, era minha força", descreveu a mãe sobre o filho Lucas.

 Priscila conta ter recebido a notícia da morte do jovem por meio de uma ligação telefônica, efetuada do próprio celular do jovem, que ela guarda até hoje junto com  roupas, carteira, CDs e outros objetos do jovem, por uma pessoa que chegou ao local.

 A partir de então, tudo mudou. "Foi um choque, dali fui para o Pronto Socorro, vi meu filho entubado, passei horas dentro do hospital em Bagé e às 5h da madrugada do dia 18 de setembro, recebi o comunicado que ele tinha entrado em óbito, pois estava com traumatismo craniano. Foi um choque, naquele momento percebi porque o Lucas me passava tanta força, eu iria precisar", diz Priscila. 

 Questionada sobre seu pensamento atual acerca do acidente que vitimou seu filho, ela diz que a vida segue em frente apesar de lembrar do filho todos os dias. Ela também faz um alerta. "Não culpo ninguém pela morte do Lucas, talvez fosse a hora dele. Acho que ninguém sai por aí atropelando alguém porque quer, mas acredito que se as pessoas tivessem consciência, poderiam andar com mais calma, pois ali adiante pode ter uma pessoa", diz.

 Já acerca do seu sentimento em falar hoje, sobre o caso, durante o movimento Maio Amarelo, visto que Priscila também esteve presente em um evento na Casa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), contando sua história, ela diz querer ajudar. "No que eu puder sempre vou ajudar ao próximo. As pessoas, principalmente aquelas que passaram por essa dor que nem eu passei e passo, devem se unir. Mostro meu caso para que outras pessoas não percam a vida ou não sejam causadoras de acidentes. Devemos ter cuidado e respeito no trânsito, respeitar as regras de sinalização, são vidas que se perdem, são famílias que sofrem", explica Priscila. 

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