As diligências foram cumpridas simultaneamente nas cidades de Bagé, Charqueadas e Santa Rosa, incluindo os seguintes estabelecimentos prisionais: Presídio Regional de Bagé, Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas e Presídio de Santa Rosa. De acordo com a PC, foram executados mandados de busca e apreensão em residências, celas e armários dos alvos, com apreensão de celulares, documentos e mídias que servirão à instrução da investigação.
A Justiça determinou medidas cautelares para conter os crimes, dentre elas o afastamento imediato do policial penal das funções públicas e o bloqueio de contas bancárias e bens patrimoniais dos envolvidos, cujas movimentações financeiras são incompatíveis com suas rendas lícitas. A Polícia Civil destaca que o servidor movimentou mais de R$ 2,3 milhões nos últimos dois anos, segundo os relatórios técnicos da investigação, apesar de seus vencimentos modestos como servidor em estágio probatório.
As investigações identificaram transferências bancárias que comprovam o pagamento para permitir o ingresso de celulares na prisão, articuladas por intermediárias do grupo criminoso, inclusive com o uso de contas em nome de terceiros. O material coletado reforça a atuação estruturada e permanente da associação criminosa, com divisão clara de tarefas entre os participantes.
O Delegado Cristiano Ritta, titular da DRACO, destacou que a Polícia Civil e o Ministério Público de Bagé reafirmam seu compromisso com o combate ao crime organizado e à corrupção, especialmente quando envolvem agentes públicos que atuam em setores sensíveis da segurança pública.
A integração entre as forças e a atuação do Poder Judiciário foram essenciais para a operação.
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