Esse é o sentimento do advogado Luís Diego Soares, que há anos cobra das autoridades intervenções na estrada. "Não houve nenhum avanço e isso nos deixa extremamente preocupados, pois sabemos como são os procedimentos antes de eleição. Se houve o anúncio, já deveria ter alguma movimentação no trecho onde a obra será realizada, mas infelizmente ainda não", comentou.
O anúncio a que ele se refere foi feito no dia 9 de junho deste ano, quando o governador Eduardo Leite anunciou que a RSC-473 estava na lista de obras prioritárias do Estado. Na época o governador afirmou que seriam destinados R$ 35,3 milhões para o trecho entre Bagé e Torquato Severo. No entanto, até agora, não houve nenhuma movimentação de obras no trecho considerado prioritário. "Porém não anunciou quando iniciava. Isso nos preocupa, pois pode se transformar em mais uma promessa em véspera de eleição", lamentou o advogado.
Outras promessas já haviam sido feitas ao longo de três décadas de luta pelo asfaltamento. Contudo, essa era a mais concreta, com valores estabelecidos.
Enquanto não há uma previsão da parte do governo do Rio Grande do Sul, a estrada continua recebendo apenas manutenções periódicas dos municípios, que não resolvem o problema. "Tem a manutenção, mas como a via não é pavimentada vem a chuva e estraga tudo", relatou Soares.
A estrada é conhecida pelos buracos, que já causaram inúmeros danos aos motoristas que precisam trafegar por ali. Mas não é apenas isso que preocupa. A falta de sinalização dificulta o trânsito seguro. "Outra situação que preocupa é o descaso com relação ao restante da estrada. Além dos buracos, a falta de sinalização gera muita insegurança em quem dirige por lá, principalmente a noite. Placas de localização, por exemplo são inexistentes. Ou seja, quem é de fora, ou tem um bom sinal de internet e GPS ou corre risco de entrar em caminhos que não deseja, como por exemplo mais próximo de São Gabriel", explanou Soares.
Sobre esse trecho, o advogado esteve em São Gabriel conversando com o vereador Rodrigo Machado e o secretário de atividades urbanas, André Focaccia. "Somente pressão em cima do governo do Estado que é o que vamos fazer. Inclusive se tivermos que realizar protestos como fizemos na outra vez que prometeram as vésperas da eleição, faremos", afirmou Soares.
Há alguns meses, o advogado havia colocado placas ao longo da estrada em sinal de protesto. Uma nova ação não é descartada. "Se for necessário, sim. Vamos avaliar mais um tempo, buscar informações mais concretas junto ao governo do Estado, e, se não houver andamento, vamos buscar um movimento popular para protestar, sim", finalizou.
Folha do Sul
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