Fruto de intensos debates todos os anos, a rota da safra é um dos assuntos que mais tem gerado descontentamento na comunidade pedritense, seja pela poeira que os caminhões fazem, seja pelas ruas que sofrem com o trânsito cada vez mais pesado. O fato é que Dom Pedrito, que é um município voltado quase que exclusivamente para o setor primário, não se preparou ao longo dos anos para ter uma rota especificamente dedicada ao escoamento da sua produção de grãos, que aumentou consideravelmente na última década. Com poucas alterações, ano a ano a rota da safra passa quase que pelos mesmo locais e é o assunto que se repete nos jornais e programas de rádio. Bom, há umas duas semanas, aproximadamente, alguns agricultores iniciaram sua colheita e de agora em diante, outros deverão colocar suas colheitadeiras no ouro dos pampas e daí todos já sabem o que acontece - os comboios de caminhões começarão a cruzar por nossas maltratadas ruas.
Na semana que passou, nosso jornalismo entrou em contato com o secretário de Obras, Neri Smiderle, que estava em tratativas para definir em quais ruas deverá passar a rota nesta safra e dependia, ainda, de algumas reuniões para se manifestar mais a respeito. O que se sabe em caráter extra-oficial é que a rota que usa a Rua Gen. Neto, por exemplo, seria desviada logo que passa a ponte do Rio Santa Maria, pela Rua Argeny de Oliveira Jardim, seguindo até a Rua Jarbas Martins e depois pela Rua Raul Pila até chegar à BR 293, o que já causou descontentamento aos caminhoneiros, mesmo antes de ser implementada. Independente do que venha a ser resolvido, as opções não são muitas, e por mais que se consiga afastar a rota de locais mais habitados, fatalmente os veículos de carga passarão pela cidade em algumas ruas sem pavimentação e o problema da poeira, que é a maior reclamação da comunidade, deverá, ainda, se repetir. Quanto a isso, somente um investimento pesado poderia surtir efeito, com a pavimentação de uma rota especialmente definida para a safra, o que por enquanto, não se consegue vislumbrar.
Sigamos acompanhando as informações, mas é possível que na próxima semana um percurso para os caminhões seja definido pelo secretário, que tem a difícil missão de contentar o maior número de pessoas, tanto moradores de ruas afetadas, como motoristas de caminhões que muitas vezes não concordam com os roteiros.

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