O assunto palpitante na classe empregada da cidade tomou conta das rodas de conversa, principalmente nas redes sociais. Nós conversamos com Ricardo Schlütter, vereador e vice presidente do Sindicado dos Comerciários.
A questão este ano é com relação aos dias 24 e 31 de dezembro, que caem ambos no domingo. Ricardo disse inicialmente que o município tem uma lei 196 de 1990 que disciplina o funcionamento e a abertura e fechamento do comércio.
No nosso caso, tal lei permite que os proprietários de comércios abram seus estabelecimentos aos domingo e feriados, por exemplo.
O restante do comércio, excluindo-se postos de combustíveis e farmácias só pode abrir depois de uma negociação com as entidades, onde o prefeito emite um decreto especial autorizando o comércio a funcionar em dias e horários especiais. Ricardo conta que, na negociações com a classe trabalhadora, durante os últimos anos, os associados não manifestaram interesse em trabalhar nesses dias, ou por que as propostas não satisfazem o interesse, ou por outros motivos.
Este ano é atípico , visto que os principais feriados do ano cairam no domingo. Contou, também, que em nenhum momento a sindicato que ele representa foi procurado para negociar, ou para debater o caso.
Como autoridade do setor, Ricardo ficou sabendo que no início de novembro estariam acontecendo reuniões na prefeitura para tratar deste assunto, notadamente do setor patronal, que estaria pressionando o prefeito para que o comércio pudesse abrir nesses dias.
Diante disso, dia 5 deste mês, o sindicato marcou uma reunião com Mario Augusto para saber realmente se procediam tais comentários. Mario Augusto teria confirmado que o empresariado estava fazendo uma cobrança muito forte para que ele autorizasse o funcionamento do comércio nas datas pleiteadas, ao que ele (o prefeito) seria favorável nessas datas especificamente.
O sindicato tentou argumentar com o gestor a questão diante da lei, entre outras implicações. A negociação ficou pendente, o que gerou muita incerteza junto à categoria. Uma assembleia foi realizada na quinta-feira (14) no Clube Comercial, com os trabalhadores, e paralelamente, foi feito um abaixo assinado, onde se pedia o apoio da comunidade e de pequenos empresários, que via de regra, acabam por ser prejudicados com o suposto decreto emitido pelo chefe do Executivo, que, além de polêmico, parece ser impopular. A categoria rejeitou, como era previsto, as propostas apresentadas e o prefeito deverá seguir a maioria.
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