Lidiane com Adilson, quando em visita ao Museu Paulo Firpo |
Trata-se de Lidiane Teixeira, a atual responsável pelo acervo do Figueirense, um dos principais times de futebol de Santa Catarina.
Na semana que passou, em visita à família, que continua morando em Dom Pedrito, encontramos com Lidiane no Museu Paulo Firpo, quando visitava Adilson Nunes de Oliveira, seu antigo professor. À propósito, Lidiane foi aluna de Adilson na primeira turma do curso de História da Urcamp, campus Dom Pedrito.
Lidiane está fora da cidade há quase 10 anos. Depois que concluiu o curso, ela realizou alguns trabalhos voluntários, muitos deles no museu, com o professor Adilson e na própria universidade. É evidente que Lidiane era uma ótima aluna, visto que em algumas oportunidades, substituía o professor Adilson em suas aulas.
Depois disso, nossa entrevistada, foi residir em Lisboa - Portugal, onde tem familiares. Lá ela fez um mestrado em história da Arte e patrimônio e teorias do restauro. Ela estudava na Universidade de Lisboa e fez sua tese baseada na Igreja Matriz de Cascais, Nossa Senhora da Assunção. Nessa época a igreja estava passando por uma grande restauração e ela acompanhou a obra durante quase três anos. Sua pesquisa desenvolveu-se com base no estudo e conservação da arte e patrimônio da igreja, que foi construída por pescadores.
Cascais fica no litoral e ela ficou muito famosa porque no passado, a nobreza construía aí seus palácios de veraneio, o que deixou uma arquitetura singular, sendo hoje um dos destinos turísticos mais visitados de Portugal. Como os estudos terminaram, e uma crise na Europa alcançou o país em 2011/2012, não houve outra alternativa senão retornar para o Brasil, assim como muitos outros imigrantes o fizeram.
Chegando ao Brasil, Lidiane morou ainda por três anos em Goiânia, pois que também possui família lá. Trabalhou lecionando história no Colégio La Sale. Depois disso, mudou-se para Florianópolis com o esposo.
Foi quando uma empresa de RH viu o seu currículo e a chamou para uma entrevista. Em aproximadamente uma mês, Lidiane recebeu a proposta para trabalhar no memorial do Figueirense, que já existia nessa época, mas estava abandonado, pois as pessoas que até então haviam estado ali, não tinham experiência nem qualificação para desenvolver um trabalho melhor. Traças, cupins, peças fora da ordem cronológica, etiquetas desorganizadas, trofeus misturados, peças da categoria de base junto da profissional, uniformes danificados, foi o cenário encontrado por ela no início de suas atividades, constituindo-se então bastante trabalho a fazer, mas hoje, graças ao seu talento, uma bela estrutura está à disposição do público.
Lidiane vem sempre que pode a Dom Pedrito, onde os pais ainda residem, mas o Museu Paulo Firpo, é sempre uma visita obrigatória, onde revê o amigo e iniciador Adilson Nunes de Oliveira
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