Família de acusado expõe sua versão

1º homicídio do ano:
 Família de acusado expõe sua versão

 Atendendo à solicitação de contraponto da família de Aldo de Jesus Adolfo Fontoura Junior, acusado de ter assassinado Guilherme Junior Jorge Coelho, no início deste ano, trazemos nesta edição o depoimento de seus familiares e de declarações de seu advogado.

Sobre Aldo de Jesus

 Stefani, sua irmã, conta que Aldo tem 22 anos e trabalha desde os 14, possui ensino médio completo, curso de soldador, serviu ao Exército e não possuía antecedentes criminais. Juntamente com sua esposa Marina, ouvimos um pouco do outro lado da história desta, que é com certeza uma tragédia familiar. Inobstante Guilherme ter perdido a vida neste episódio fatídico, a defesa de Aldo sustenta que a vítima, sim, tinha antecedentes criminais e declarou diversas vezes inimizade para com o autor. Com relação às alegações de Vera, mãe de Guilherme, sobre o fato de que ele teria vindo da região metropolitana por medo da violência, na realidade seria por que ele foi condenado em decisão definitiva perante o TJERS, em um processo em que foi acusado de estupro de vulnerável.  

Aldo de Jesus
 Com relação ao fato em si, alegam, ainda, que Aldo teria agido em "legítima defesa", pois que na noite do crime, teria sido provocado diversas vezes por Guilherme, que circulava de moto em frente à residência onde estava jantando com amigos; Guilherme, após ter quebrado um retrovisor do carro de Aldo e mesmo tendo sido desencorajado por sua irmã a continuar com as atitudes agressivas, seguiu com sua conduta até o momento em que, noutra investida com a moto, teria atacado Aldo com uma faca, ao que ele somente teria se defendido, contrariando a tese de que teria sido mais de um golpe de facão.  Destaca-se que, a exemplo de Vera, mãe da vítima estar esperando por justiça, encontra-se do outro lado, também uma família confiante de que os fatos possam ser realmente esclarecidos. Na defesa de Aldo, que continua preso, encontra-se o dr. Luiz Adauto Garcez Soares, que qualificou a primeira audiência como satisfatória, e assim como Aldo, está confiante que em breve ele possa estar respondendo o restante do processo em liberdade. "Estamos aguardando o resultado de perícias e entraremos em breve com pedido de Abeas Corpus", relata dr. Luiz Adauto.

 Casos como este mostram que nossa sociedade precisa muito, ainda, de educação moral. De um lado uma mãe que perde um filho, do outro, uma família que vê sua estrutura abalada, ambas esperando por justiça. Um perdeu a vida, o outro, a liberdade, e nesta tragédia, o repetimos, não se sabe quem perdeu mais.

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