Patrícia Schardong
retorna do México após 1 ano de intercâmbio
A jovem pedritense Patrícia Loreto Schardong, hoje com 16 anos, filha do casal rotariano Alex Schardong e Elenise Loreto Schardong, foi notícia aqui no Folha da Cidade, há um ano atrás, quando se preparava para embarcar para o México numa viagem de intercâmbio através do PIJ – Programa de Intercâmbio de Jovens, do Rotary Internacional.
Agora, ela retorna com muitas experiências na bagagem, mais conhecimento da vida e das relações humanas e, também, muitas saudades das pessoas com quem conviveu naquele país amigo da América Latina, principalmente as colegas de aula. Ela nos conta, nesta edição, um pouco dessa aventura, com suas próprias palavras: “Em agosto de 2015 eu embarquei para o melhor ano da minha vida, de verdade. Graças ao Rotary, que faz esse programa de intercâmbio!! Meu clube patrocinador foi o Rotary Clube de Dom Pedrito e quem me recebeu foi o Rotary Club Mazatlán Norte. Caminhar rumo ao desconhecido exige muito mais do que se pode imaginar... Vivi meu ano em Mazatlán, Sinaloa, ao noroeste do México.
O México é muito acolhedor, as pessoas são gentis e isso me ajudou muito. A minha cidade tinha média de temperatura de 35ºC, e era calor 24 horas por dia, tem vezes que é meia noite e está 40ºC. Minha cidade é de praia, com 500 mil habitantes; lá tem tudo, shopping, cinema, campo de baseball, que por sinal o time Venados de Mazatlán, é de lá e é muito famoso no México todo por ser muito bom. Todos nós, brasileiros, achamos que sabemos falar espanhol, mas na verdade não sabemos nada, cheguei lá e tive que aprender tudinho, o que demorou 2 meses. Eu tive quatro famílias e os chamava de mãe, pai, irmão e irmã. A experiência de poder viver um pouquinho em cada casa da mesma cidade foi muito bom, porque de família para família, os hábitos e também como celebrar os costumes, eram diferentes. Minha escola era o ICO, uma escola completa, desde o Maternal até o 3º ano do Ensino Médio. Em cada turma, tinha em média 40 alunos, a escola era gigante, mesmo com tantos alunos por turma, são silenciosas as aulas. São 8h de aula por dia, o ônibus da escola passa em casa às 6h30min, e às 15h voltamos.
No começo foi bem estranho para mim, porque o café da manhã é omelete, e na escola se faz dois lanchinhos, o almoço é às 15h, mais ou menos. Ou seja, de refeição eram duas, máximo três, dependia se a família tinha o hábito de jantar ou não.
Lá se usa peso mexicano, 4,5 pesos é R$ 1,00. Em relação à roupa, lá é mais barato porque está perto dos Estados Unidos.
Dois eventos da cultura deles que eu presenciei e de verdade me chocou, foi a ‘torada’, que é a corrida de touros, é um espetáculo que cravam espadas nas costas do touro e depois uma no coração e mata de uma vez. E a luta livre, eu quando cheguei achei que tudo fosse uma brincadeira, parecia que eles estavam atuando, mas a luta ficou super séria, até que um pegou uma lâmpada fluorescente, daquelas grandes, e quebrou nas costas do outro.
Conheci pessoas encantadoras, que deixaram tudo mais bonito, conheci pessoas de diferentes partes do mundo e isso me fez perguntar por que todas as pessoas não vivem em paz. Fiz muitos amigos, e fiz três melhores amigas de verdade, sinto muita falta delas. O México é um país lindo, e diferente da imagem que muitas pessoas têm de lá, é um país muito seguro. Agora, a saudade é minha companheira para sempre, é um bicho esperto que se disfarça e aparece quando menos espero. Neste ano eu fui muito feliz lá, não precisava de grandes motivos... Por ter acertado na pronúncia de uma nova palavra, por ter conhecido alguém incrível ou ir a um lugar que era realmente muito bonito. Agradeço primeiramente à Deus, por cuidar de mim lá e de todos aqui, aos meus pais e minha família por me darem todo o apoio quando eu estive lá e por estarem tendo todo o carinho comigo aqui na volta.
Sou muito grata ao Rotary por proporcionar-me essa oportunidade!!!
Arriba México, cabrones!!




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