Relatos da Insegurança


 Juliana Lopes e Ana Paula Souza trabalham na correspondente do Banrisul, Banca Sul, localizado na Avenida Barão do Upacarai. O local foi assaltado no dia 6 de dezembro, quando um indivíduo entrou armado e ameaçando os clientes e as funcionárias do estabelecimento.

Juliana e Ana Paula
 "Ele entrou na fila atrás de todos os clientes. Tirou o capacete e olhou ao redor. Pensei que se tratava de mais uma pessoa a espera de ser atendida", contou Juliana, caixa do Banca Sul. O assaltante rendeu a funcionária que estava do outro lado do balcão, com uma arma na mão, aos gritos, pediu todo o dinheiro que havia no caixa. "Os clientes correram, enquanto eu pegava todo o dinheiro, não contente, ele queria mais. Respondi que não tinha, enquanto isso ele batia com a arma no vidro", contou Juliana.

 Depois de retirar o dinheiro do caixa, o indivíduo dirigiu-se a outra funcionária, que estava na mesa ao lado, dentro da loja. "Ele virou-se e veio até mim, pediu dinheiro e principalmente o celular. Respondi que não tinha, então ele saiu, correndo quando percebeu que todos os clientes estavam do lado de fora e que possivelmente já teriam chamado a polícia", explicou Ana Paula, que vende cartelas do TriLegal.

 Uma semana após o assalto ambas ainda vivem a sensação de insegurança e medo. "Pensar que eles estavam aqui, dias antes, nos observando, vendo a rotina, para chegar no horário e nos render é assustador. Lembrar que estivemos com uma arma sob nossas cabeças a risco de morrer a qualquer tempo, é uma sensação horrível", relatou, Juliana emocionada.


Jaqueline Laval
 "Geralmente a ficha não cai na hora em que a ação esta acontecendo, devido o tamanho da violência do ocorrido", relatou Jaqueline Laval de Lima, gerente da Óptica Moderna. O local foi cenário de um assalto, durante o mês de novembro, quando três bandidos encapuzados, fortemente armados, entraram no estabelecimento para realizar um dos crimes mais assustadores do ano, em Dom Pedrito. Jaqueline conta que a ação dos indivíduos durou cerca de 1min e 08 segundos, mas o tempo parecia não passar. "Eles entraram correndo, um dos assaltantes pulou tão rápido sob o balcão, que quase não encostou no móvel, ao mesmo tempo que gritavam que aquilo era um assalto.

 O outro indivíduo quebrava os vidros dos expositores com uma marreta". As descrições de desespero da Gerente relatam o que toda a cidade pode ver através, de vídeos e imagens pela internet. Aquela ação inicial dos bandidos, desencadeou durante todo o mês, outros crimes semelhantes, envolvendo assaltos, violência e armas.

 "Um dos indivíduos pulou o balcão e foi até a sala, onde estava o meu irmão, que foi surpreendido pelo assaltante com coronhadas na cabeça. Após aquilo tudo, quando vi meu irmão com o sangue derramado na camisa, o desespero de vê-lo, sem saber se aquilo era um tiro ou de algum machucado foi assustador", relatou Jaqueline.

 Durante o assalto os bandidos levaram jóias e relógios, renderam os funcionários e destruíram a loja, no entanto segundo a gerente, o maior prejuízo é o sentimento de insegurança que ficou no local. "Este é o terceiro assalto em menos de dois anos. O primeiro, aconteceu em outubro de 2017, o segundo, em menos de trinta dias do mesmo ano, e agora este. Depois que acontece, não tem palavras que possam traduzir o sentimento que fica. Tudo nos assusta, o tempo todo".

 Passado um mês após o assalto, a óptica funciona normalmente, os funcionários ainda observam com cuidados a movimentação em frente ao local, mas segundo Jaqueline, assim como, no dia do assalto, "todos os dias baixamos as cortinas e seguimos em frente".


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