Coluna Espírita


Prudência

 Prudência é atitude de sabedoria.
 Prudência no falar; prudência no agir; prudência no pensar.
 Eis uma importante virtude da alma.

 O falar com prudência nos conduz a uma atitude refletida, pois muitas vezes perdemos o domínio das palavras que, desatreladas, produzem incêndios, promovem conflitos e muitos outros desastres.

 A palavra não pronunciada é patrimônio precioso de que o ser humano se pode utilizar no momento justo.

 A palavra liberada pode se converter, quando dita sob ofensas, em castigo que volta a punir o irresponsável que a libera. A ação precipitada, sem a necessária prudência, invariavelmente causa desacertos e aflições sem nome, conduzindo as vítimas ao despenhadeiro do insucesso, em cuja rampa o remorso sempre chega tarde. Antes de agir o homem é depositário de todos os valores que pode investir. Após a ação colhe os resultados do ato.

 Salutar, dessa forma, agir, através da ponderação a fim de que a atitude não se converta em algoz, que escravize quem a praticou.

 Pensar prudentemente.
 Uma ofensa que nos chega aos ouvidos, nos ferindo, pode nos conduzir a uma posição exaltada, impedindo, em consequência, a perfeita ordenação mental.

 Observamos o ocorrido através de ângulos falsos, distorcidos, numa apreciação perturbada, e os resultados são quase sempre danosos.

 Pensar refletindo, aí está a prudência. Ouvir, criando o hábito de ponderar, para então chegar às legítimas conclusões em torno dos verdadeiros problemas da vida.

 Precipitado, Napoleão conquistou a Europa e, refletindo, meditou tardiamente nos erros cometidos, na ilha de Santa Helena.

 Conduzido pela supremacia da força, Alexandre Magno dominou o mundo e febres estranhas tomaram conta de seu corpo jovem, antes das reflexões de que muito necessitava.

 Com prudência Jesus pensou, falou e agiu, em todas as oportunidades.

*   *   *

 Toda ação prudente é cautelosa. Porém, ao contrário do que pensa o senso comum, prudência não é morosidade. A virtude da prudência, aliás, é o justo meio entre dois extremos, como tão bem colocou Aristóteles:

 De um lado a inação ou a lentidão; no outro extremo a precipitação, a pressa.   Ela estará no equilíbrio, no ponto central.

 Prudência não admite perda de tempo. É rápida e certeira, pois o tempo é inerente a ela.

 Sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas foi o conselho de Jesus, na preparação de Seus discípulos para o trabalho que teriam pela frente. Seriam lançados como ovelhas no meio de lobos.

 A serpente representa a prudência, que nos permite reconhecer o mal com antecedência e assim fazer as melhores escolhas em todas as situações.

 A prudência é considerada por muitos como a virtude por excelência, porque através de seu exercício é que os seres humanos podem refletir e decidir com sabedoria.

 Por isso, sejamos prudentes. Nem apressados, nem lentos demais: prudentes...

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