Sonhos
O que são essas imagens das quais guardamos recordações quando acordamos? Para a ciência, uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono.
Para Freud, os sonhos noturnos são gerados, na busca pela realização de um desejo reprimido. Para a psicanálise o sonho é o "espaço para realizar desejos inconscientes reprimidos". Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, baseando-se na observação dos seus pacientes e em experiências próprias, tornou mais abrangente o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação.
Todas essas observações possuem parte de verdade, porém, tornam-se limitadas no instante em que consideram o ser apenas do ponto de vista material, pois que, para a ciência tradicional, somos apenas um amontoado de moléculas, fruto do acaso e probabilidades matemáticas, onde a natureza, por uma série de combinações e eventos fortuitos, conseguiu gerar a vida. Aí está outro ponto. Esta mesma ciência ainda não encontrou definição para a vida e pretende com seus métodos dogmáticos explicar em sua totalidade o fenômeno do sonho. Segundo a doutrina espírita, quando dormimos, nosso espírito se liberta dos grilhões que lhe prendiam à carne. É o chamado estado de emancipação da alma, que a despeito do repouso do corpo físico, esta segue em atividade, onde excursiona pelos locais de sua predileção.
A recordação clara ou imprecisa deste passeio noturno é que configura os sonhos. Daí a importância de fazermos uma preparação para o sono. Como aquele que antes de uma viagem, verifica todos os detalhes antes da partida, assim, devemos nos preparar antes de dormir, através da prece, de bons pensamentos, da alimentação adequada, do cuidado com alcoólicos e outras drogas, pois, da atenção que dermos a esses preparativos dependerá a qualidade de nosso sono e por consequência de nossos sonhos. Pelo sonho, os espíritos desencarnados nos mostram quadros alegóricos com o fim de nos instruir ou prejudicar dependendo de sua elevação.
Sendo o sonho o reflexo do que fazemos durante o estado de vigília, nossas experiências oníricas refletirão o que formos e pensarmos enquanto acordados. É assim que os que são dados ao consumo de álcool ou drogas, quando libertos do corpo material, serão atraídos para os locais e espíritos semelhantes a fim de dar satisfação aos seus apetites grosseiros; aqueles que têm por hábito frequentar locais de reputação duvidosa, quando livres da carne, correrão precipites aos mesmos ambientes; os que equivocadamente gastam seu tempo praticando crimes e todo tipo de maldade, durante o sono do corpo físico, seguirão praticando os mesmos atos de quando despertos.
O contrário também é verdade. Se é do nosso costume a prática do bem, se nossas ações refletem o mínimo de bondade necessárias à vida em sociedade, quando nosso espírito tiver a liberdade concedida pelo sono corporal, certamente teremos boas experiências no mundo dos espíritos e quando acordarmos, teremos agradáveis recordações.
Pensemos nisso!

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